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Economia

Varejo paulista deve evitar o endividamento e manter controle sobre os estoques

Consumo que cresceu no ano passado com o aumento da oferta de crédito com juros em queda pode ser afetado nos próximos meses caso a inflação suba

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Varejo paulista deve evitar o endividamento e manter controle sobre os estoques

Em dezembro, um dos destaques da capital paulista ficou com o grupo de lojas de materiais de construção 
(Arte: TUTU)

O consumo corre o risco de ser afetado caso a inflação suba, reflexo das incertezas que giram e torno de reformas que precisam ser aprovadas como a da Previdência. Com isso, o varejo paulista deve evitar o endividamento e manter rígido controle sobre os estoques e capital de giro.

No ano passado, o aumento da oferta de crédito com juros em queda, ao lado da melhoria nos índices de desemprego e inflação estabilizada permitiu a recuperação do nível de confiança dos consumidores. O cenário refletiu no comércio, que encerrou 2018 com taxas anuais de crescimento em todas os seus nove segmentos e em todas as 16 regiões do Estado de São Paulo. O aumento anual foi de 5,3% na comparação com o desempenho de 2017.

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Apenas em dezembro, as vendas reais calculadas pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) registraram um crescimento de 4% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Considerando a série histórica a partir de 2008, foi o melhor resultado do varejo paulista para um mês de dezembro.

Segundo a pesquisa realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o faturamento real atingiu R$ 69,8 bilhões no mês, R$ 2.681,3 milhões acima do valor apurado em dezembro de 2017.

Das nove atividades pesquisadas, oito mostraram aumento em seu faturamento real em dezembro, sendo elas: lojas de móveis e decoração (12,9%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (7,8%), materiais de construção (7,5%), autopeças e acessórios (6,8%), supermercados (5,3%), farmácias e perfumarias (5,1%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (3,2%) e concessionárias de veículos (1,4%). Essas altas contribuíram para o resultado geral com 4,0 pontos percentuais. Já o grupo outras atividades (-0,3%) apresentou estabilidade e não exerceu influência no resultado.

Capital paulista
As vendas do varejo em dezembro na capital paulista apresentaram um crescimento de 3,2% no seu faturamento real em relação ao mesmo período do ano passado. Considerando a série histórica a partir de 2008, foi o 2º maior resultado do varejo paulistano para um mês de dezembro. A cidade atingiu uma receita de R$22,0 bilhões no mês, R$ 684,9 milhões a mais do que a receita registrada em dezembro de 2017.

Com esses resultados, a taxa acumulada no ano foi de 4,1%, que em termos de valores atuais representa uma um incremento de 8,5 bilhões em comparação ao apurado entre janeiro e dezembro do ano passado.

Em termos setoriais, na capital, as taxas de crescimento foram observadas em todas as nove atividades no mês de dezembro: lojas de móveis e decoração (9,8%), materiais de construção (9,0%), supermercados (4,4%), autopeças e acessórios (4,2%), concessionárias de veículos (3,1%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (2,7%), farmácias e perfumarias (2,7%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (0,6%), outras atividades (0,4%).

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