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Economia

Varejo paulista elimina 30.657 empregos no primeiro semestre deste ano, aponta FecomercioSP

Segundo pesquisa da Entidade, apesar do desempenho ruim, encolhimento do mercado de trabalho foi 54% mais ameno do que o registrado no mesmo período de 2016, o pior desde 2007

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Varejo paulista elimina 30.657 empregos no primeiro semestre deste ano, aponta FecomercioSP

Emprego em lojas de vestuário, tecidos e calçados caiu 2,7% em junho na comparação com o mesmo mês de 2016
(Pixabay)

O comércio varejista no Estado de São Paulo voltou a eliminar empregos formais em junho e encerrou o primeiro semestre com 30.657 postos de trabalho a menos. No sexto mês do ano, o varejo paulista extinguiu 953 empregos, resultado de 69.942 admissões e 70.895 desligamentos. Com isso, o setor encerrou o mês com 2.052.226 trabalhadores formais, queda de 0,5% na comparação com o mesmo mês de 2016. Vale ressaltar, porém, que o ritmo de fechamento de vagas é bem menor comparado ao ano passado, já que 5.614 postos de trabalho deixaram de existir em junho de 2016, e no acumulado do primeiro semestre, 66.602 empregos foram eliminados. Assim, verifica-se que o saldo negativo de 30.657 vagas é 54% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. Já na somatória dos últimos 12 meses, foram extintos 11.201 empregos com carteira assinadas.

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Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, os números do mercado de trabalho formal do comércio varejista paulista no primeiro semestre demonstram que houve espaço para continuidade da perda de vagas em 2017, mesmo após redução de 107,6 mil empregos formais no acumulado de 2015 e 2016. A Entidade ressalta que foram anos em que o faturamento bruto do setor se mostrou bastante avariado pela redução do consumo das famílias. Em 2017, mesmo se observando início de uma reação da receita de vendas no varejo paulista, a Federação aponta que tal realidade ainda não foi o bastante para que os empresários tenham capacidade financeira e otimismo necessário para realizar investimentos e abrir novas vagas.

Entre as nove atividades pesquisadas, três apresentaram crescimento no número total de empregos em junho na comparação com o mesmo mês de 2016: farmácias e perfumarias (2,1%); supermercados (1,4%); e autopeças e acessórios (0,2%). Por outro lado, os piores desempenhos foram registrados nos segmentos de concessionárias de veículos (-3,9%); lojas de vestuário, tecidos e calçados (-2,7%); e materiais de construção (-2,6%).

Observando os dados por ocupações, os cargos com pior saldo de movimentação em junho foram de gerentes de produção e operações (-472 vagas) e gerentes de áreas de apoio (-437).

Segundo a FecomercioSP, mesmo com a perda de empregos formais no primeiro semestre do ano, é importante ressaltar que a perda de vagas em 2017 foi metade da vista no mesmo período de 2016, e ainda se projeta um segundo semestre positivo, em decorrência dos impactos conjunturais de inflação e juros mais baixos e dos resultadosque a sazonalidade positiva do Natal traz ao setor varejista.

Varejo paulistano
No sentido oposto, o comércio varejista na capital paulista abriu 217 postos de trabalho, resultado de 22.660 admissões contra 22.443 desligamentos. Com o resultado, o estoque total atingiu os 643.729 trabalhadores. No acumulado do primeiro semestre do ano, foram eliminados 5.902 empregos, e na somatória dos últimos 12 meses, foram extintos 1.419 postos de trabalho, o que levou a uma queda de 0,2% no total de empregados na comparação com junho de 2016.

Das nove atividades pesquisadas, apenas três apresentaram crescimento no estoquede trabalhadores em junho, na comparação com mesmo mês de 2016: farmácias e perfumarias (4,2%); supermercados (1,7%); e autopeças e acessórios (0,3%). Em contrapartida, os segmentos de concessionárias de veículos (-4,4%); lojas de vestuário, tecidos e calçados (-2,7%); e materiais de construção (-2,5%) apontaram os piores desempenhos do mercado de trabalho no varejo paulistano em junho.

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