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Editorial

Vendas do varejo na região de Campinas caem 4,8% e faturamento atinge R$ 3,8 bilhões em janeiro

Segundo a FecomercioSP, o setor de concessionárias de veículos (-17,5%) foi o maior responsável pela queda geral no mês

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São Paulo, 26 de abril de 2016 – Em janeiro, o faturamento real do comércio varejista na região de Campinas atingiu R$ 3,8 bilhões, diminuição de 4,8% em relação ao mesmo mês de 2015. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

 Entre as nove atividades analisadas na pesquisa, seis apresentaram retração. Os setores de concessionárias de veículos (-17,5% e colaboração negativa de 2,8 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral), de materiais de construção (-23,6% e impacto negativo de 2,5 p.p.) e outras atividades (-3,7% e contribuição de -0,8 p.p.) foram os principais responsáveis pela queda do varejo da região de Campinas em janeiro.

Em contrapartida, os segmentos de farmácias e perfumarias (11,7% e colaboração de 0,8 p.p. no resultado geral), supermercados (2,3% e contribuição de 0,7 p.p.) e lojas de móveis e decoração (55,2% e impacto de 0,7 p.p.), amenizaram a queda no faturamento varejista no mês.

campinas_-_pccv_janeiro_2016

Desempenho estadual

O comércio varejista do Estado de São Paulo manteve no início de 2016 o fraco desempenho registrado no ano anterior e, em janeiro, alcançou faturamento real de R$ 44,1 bilhões, queda de 4,7% em relação ao mesmo período de 2015, quando faturou R$ 46,3 bilhões. Esse é o menor movimento de vendas do varejo paulista para o mêsdesde 2010. 

Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, apenas as do Litoral paulista (8,3%) e de Marília (1,3%) apresentaramcrescimento em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto as demais recuaram nas vendas do varejo, sendo Osasco (-12,6%) a que teve o pior desempenho estadual.

Das nove atividadesexaminadas, sete apresentaram queda das vendas em janeiro, com destaques para: materiais de construção (-20,6%), concessionárias de veículos (-16,4%), outras atividades (-11%) e lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-9,7%). Juntos, os quatro segmentos contribuíram, negativamente, com sete pontos porcentuais para o declíniodo varejo na totalidade do Estado. Entretanto, os setores de farmácias e perfumarias (8,1%) e supermercados (6,1%) foram os únicos que mostraramresultados positivos no período e colaboraram 2,4 p.p. para amenizar a queda do varejo. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, houve neste início de ano piora no quadro econômico, com inflação alta, desaceleração acentuada nas vendas, alta de juros e declínionos indicadores de emprego e renda, acompanhada pela elevação do endividamento e da inadimplência. Além disso, houve agravamento da crise política, que inviabiliza a discussão e a adoção de medidas para tirar o País de uma das crises mais graves de sua história. 

Expectativa

De acordo com a FecomercioSP, diante das incertezas econômicas e políticas, tudo indica que o varejo, ao menos no primeiro semestre do ano, prosseguirá sentindo os impactos negativos do baixo grau de confiança dos consumidores e empresários em geral. Com isso, as estimativas apontam para uma queda acumulada ao redor de 6% nesses primeiros seis meses de 2016. 

A Entidade pondera ainda que o mais preocupante na crise política atual é a demora em se avançar em medidas que possibilitem a retomada do crescimento. Afinal, quanto maior for o prazo para resolução dos impasses atuais, mais graves se tornarão os problemas econômicos internos. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado. 

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