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Editorial

Vendas do varejo na região de São José do Rio Preto caem 9,8% em janeiro, aponta FecomercioSP

Segundo a Entidade, a região apresentou o segundo pior desempenho do Estado

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São Paulo, 20 de abril de 2016 - Em janeiro, o faturamento real do comércio varejista na região de São José do Rio Preto atingiu R$ 1,4 bilhão, queda de 9,8% em relação ao mesmo mês de 2015, segundo pior resultado do varejo do Estado de São Paulo.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

Das nove atividades pesquisadas, seis apresentaram resultados negativos, sendo os mais impactantes observados em materiais de construção (-46,5% e impacto de -4,2 pontos porcentuais no resultado geral), outras atividades (-10,3% e colaboração de -2,8 p.p.) e concessionárias de veículos (-19,4% e contribuição de -2,1 p.p.).

Os segmentos de supermercados (2,3% e contribuição de 0,7 p.p.), de farmácias e perfumarias (7,2% e impacto de 0,5 p.p.) e de lojas de móveis e decoração (9,6% e contribuição de 0,1 p.p.) impediram um resultado geral pior.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o desempenho negativo do varejo de São José do Rio Preto é reflexo da crise econômica, onde o desemprego e a alta dos preços tiram o poder de compra do consumidor, que tem priorizado os gastos com produtos essenciais e adiado a compra de bens que possam comprometer a renda em médio e longo prazos.

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Desempenho estadual

O comércio varejista do Estado de São Paulo manteve no início de 2016 o fraco desempenho registrado em 2015 e, em janeiro, registrou faturamento real de R$ 44,1 bilhões, queda de 4,7% com relação ao mesmo mês de 2015, quando faturou R$ 46,3 bilhões. Esse é o menor movimento de vendas do varejo paulista para o mês de janeiro desde 2010.

Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, apenas as do Litoral paulista (8,3%) e de Marília (1,3%) registraram crescimento em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto as demais apresentaram recuo das vendas do varejo, sendo a região de Osasco (-12,6%) a que registrou o pior desempenho estadual.

Das nove atividades analisadas no estado, sete apresentaram queda das vendas em janeiro, com destaques para: materiais de construção (-20,6%), concessionárias de veículos (-16,4%), outras atividades (-11%) e lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-9,7%). Juntos, os quatro segmentos contribuíram, negativamente, com sete pontos percentuais para a queda do varejo total no Estado. Entretanto, os setores de farmácias e perfumarias (8,1%) e supermercados (6,1%) foram os únicos que apresentaram resultados positivos no período e colaboraram 2,4 p.p. para amenizar a queda do varejo.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, houve neste início de ano piora no quadro econômico, com inflação alta, desaceleração acentuada nas vendas, alta de juros e piora nos indicadores de emprego e renda acompanhada pela elevação do endividamento e da inadimplência. Além disso, houve agravamento da crise política, que inviabiliza a discussão e a adoção de medidas que possam tirar o país de uma das crises mais graves de sua história.

Expectativa

De acordo com a FecomercioSP, diante das incertezas econômicas e políticas, tudo indica que o varejo, ao menos no primeiro semestre do ano, prosseguirá sentindo os impactos negativos do baixo grau de confiança dos consumidores e empresários em geral. Com isso, as estimativas apontam para uma queda acumulada ao redor de 6% nesses primeiros seis meses de 2016.

A Entidade pondera ainda que o mais preocupante na crise política atual é a demora em se avançar em medidas que possibilitem a retomada do crescimento. Afinal, quanto maior for o prazo para resolução dos impasses atuais, mais graves se tornarão os problemas econômicos internos.

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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