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Imprensa

Vendas do varejo paulista recuam R$ 2,8 bilhões em maio, aponta FecomercioSP

Avanço da crise econômica prejudica desempenho e estabelecimentos comerciais têm queda expressiva de 5,9% do faturamento

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São Paulo, 10 de agosto de 2015 - O agravamento do cenário econômico pressionou o mau desempenho do comércio varejista do Estado de São Paulo em maio. O faturamento real atingiu R$ 44,1 bilhões, queda de 5,9%, o que significa R$ 2,8 bilhões a menos em relação ao mesmo mês do ano passado.
 
As informações são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).
 
De acordo com a assessoria econômica da Federação, a crise econômica que o País atravessa tem corroído o poder de compra do consumidor, que direciona a renda apenas para a compra de bens alimentícios e essenciais, como remédios, pois apenas as atividades de supermercados e farmácias conseguiram registrar pequenos crescimentos em 2015.
 
Ainda segundo a Entidade, este ciclo negativo do comércio varejista paulista indica, sobretudo, a confiança abalada dos consumidores em relação à capacidade de recuperação da economia a curto prazo. Isso, ainda, significa possíveis indícios de que os sucessivos desempenhos ruins dos demais segmentos produtivos estão provocando impactos sensíveis sobre a renda e o emprego das famílias.
 
Das nove atividades pesquisadas, sete apresentaram retrações em relação a maio de 2014, das quais três mostraram quedas expressivas de dois dígitos: eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-24,1%); concessionárias de veículos (-21,2%) e lojas de móveis e decoração (-14,3%). Em conjunto, o impacto negativo foi de 5,4 pontos porcentuais para o resultado geral.
 
No sentido oposto, apenas os segmentos ligados a bens essenciais, de primeira necessidade e que independem de crédito, conseguiram mostrar aumento de vendas no mês: supermercados (2,7%) e farmácias e perfumarias (1,9%), taxas que juntas contribuíram para aliviar a queda em 0,9 p.p.
 
Expectativa

Em junho, a FecomercioSP estima nova queda nas vendas para o Estado de São Paulo ao redor de 2%. Em 2015, as projeções da Entidade apontam para uma queda anual acumulada de 5%.
 
Para a Federação, a alta da inflação, do desemprego e dos juros são aspectos que acabam delineando de forma negativa os prognósticos tanto a curto quanto a médios prazos para a economia. O baixo crescimento e redução da renda também contribuem para o baixo nível de confiança dos consumidores, elemento essencial na decisão de compra pelas famílias.
 
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).
 
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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