Economia
12/12/2017Vendas no varejo paulista crescem 6,4% em setembro e atingem R$ 51,3 bilhões, aponta FecomercioSP
Segundo a Entidade, o setor faturou R$ 3,1 bilhões acima do registrado no mesmo período do ano passado, a quarta maior receita apurada para o mês de setembro desde 2008
O ciclo de recomposição das vendas varejistas é sustentado pela conjunção positiva do tripé de determinantes do consumo - inflação, emprego e crédito -, que eleva o nível de confiança das famílias e das empresas
(Arte:TUTU)
Em setembro, as vendas do comércio varejista no Estado cresceram 6,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi a quarta maior cifra registrada para o mês desde o início da série histórica, em 2008. O comércio varejista faturou R$ 51,3 bilhões no período, R$ 3,1 bilhões acima do apurado em setembro de 2016. Com esses resultados, a variação acumulada de janeiro a setembro deste ano foi de 4,4%, que, em termos reais, representou um crescimento de R$ 18,9 bilhões na comparação ao mesmo período do ano passado.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
Assim como nos meses anteriores, as 16 regiões analisadas pela Federação apontaram crescimento no faturamento na comparação com o mesmo mês de 2016. Os maiores avanços foram observados nas regiões de Taubaté (14,3%), Sorocaba (11,1%) e Litoral (9,3%).
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Todas as atividades analisadas pela pesquisa mostraram crescimento em setembro na comparação com o mesmo mês de 2016. Os destaques ficaram por conta dos segmentos de farmácias e perfumarias (11,6%); supermercados (5,7%); e outras atividades (4,4%) que, somados, contribuíram com 3,8 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral.
De acordo com a FecomercioSP, o ciclo de recomposição das vendas varejistas está sendo sustentado pela conjunção positiva do tripé de determinantes do consumo - inflação, emprego e crédito -, elevando o nível de confiança das famílias e das empresas. A trajetória de melhoria gradual dessas variáveis em relação ao ano passado está se dando de forma continuada e persistente, abrindo espaço para a reação do varejo em ritmo maior do que o previsto.
A Entidade ressalta que o ritmo de recuperação está sendo liderado pelo segmento ligado ao comércio de bens duráveis, justamente aquele mais afetado pelo auge da crise, entre os anos de 2014-2016, quando sofreu retração de vendas de 30%. Hoje, os índices se mostram bem acima das expectativas traçadas no início deste ano. Isso indica mudança de comportamento dos consumidores, antes defensivos e hoje se sentem mais seguros a ponto de comprometer seu rendimento para aquisição de bens dependentes de crédito, em função da melhoria de suas expectativas.
Expectativa
Segundo a FecomercioSP, além da permanência em trajetória de quedas da inflação e dos juros, da estabilidade cambial e dos mercados, dos resultados positivos na balança comercial, da divulgação da recuperação na arrecadação federal e do bom desempenho do PIB trimestral, a melhoria no nível do emprego se estabelece mês a mês. Com isso, as projeções continuam apontando para um crescimento anual ao redor de 5% em 2017, no faturamento real do varejo paulista.
Capital paulista
O faturamento real do varejo em setembro na capital paulista cresceu 4,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Considerando a série histórica a partir de 2008, foi o quarto maior resultado do varejo paulistano para um mês de setembro. A cidade atingiu uma receita de R$ 15,9 bilhões, R$659,6 milhões a mais do que a registrada em setembro de 2016. Com o resultado, a taxa acumulada de janeiro a setembro deste ano foi de 5%, que em termos de valores atuais representa um incremento de R$ 6,7 bilhões em comparação ao mesmo período do ano passado.
Todas as nove atividades setoriais registraram crescimento no mês de setembro em comparação a 2016, com destaque para os segmentos de supermercados (3,4%); farmácias e perfumarias (10,8%); e lojas de vestuário, tecidos e calçados (7,7%) que, somados, contribuíram com 2,7 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral.
Para a Entidade, os indicadores econômicos positivos puxam estimativas otimistas para o crescimento do varejo na capital. A FecomercioSP estima que o faturamento real anual do comércio paulistano tende a crescer 5% em 2017. Essas estimativas são mensalmente revistas com a inserção dos novos dados consolidados de vendas e considerando o desenrolar dos fatos atuais que marcam os cenários político e econômico.
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