Economia
05/06/2017Vendas no varejo paulista devem subir 3% em junho, mês do Dia dos Namorados
Segundo Entidade, a alta será motivada pela combinação positiva de variáveis determinantes do consumo, como juros e inflação em queda, que também devem impulsionar a venda de produtos relacionados à data comemorativa
Para os casais que queiram presentear, os itens mais atrativos estão no grupo de vestuário, calçados e acessórios, pois apresentaram queda de preço - ou alta inferior à inflação do período.
(Arte/TUTU)
De acordo com as projeções da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em junho, mês do Dia dos Namorados, o comércio varejista paulista deve faturar R$ 48,6 bilhões, alta real de 3% na comparação com mesmo mês de 2016. Já as vendas do varejo paulistano devem crescer 5% na mesma base comparativa, alcançando R$ 16 bilhões.
O possível crescimento nas vendas do varejo em junho, segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, significa que as turbulências observadas em âmbito político, ao menos até junho, não irão comprometer a trajetória de recuperação do movimento varejista até aqui observada. Portanto, a combinação positiva de elementos determinantes do consumo - como a queda notória da inflação, o ciclo de cortes na taxa básica de juros e a elevação na renda agrícola em decorrência do forte aumento de exportações de commodities (em que São Paulo tem grande presença) - acabam por fundamentar a observada melhoria nos indicadores de confiança dos consumidores, gerando, assim, um ambiente favorável ao crescimento das vendas.
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Segundo a análise da FecomercioSP, a influência do Dia dos Namorados sobre o desempenho geral do comércio é menor quando comparado ao Dia das Mães, segunda melhor data para o setor, até porque muitos casais preferem celebrar a data em bares, restaurantes, hotéis e motéis, e acabam abrindo mão dos presentes. De acordo com a assessoria técnica da Federação, é muito complexo aferir a real contribuição das vendas decorrentes de uma data comemorativa, mas ao avaliar os resultados históricos das sondagens feitas pela Entidade, fica evidente a preferência dos consumidores por itens de vestuário e calçados; perfumes e cosméticos; e joias e bijuterias, além de bombons e flores na hora de presentear.
Vale ressaltar, porém, que a alta geral do faturamento varejista no mês de junho será motivada pelos bons desempenhos em atividades que até aqui mostravam ritmo fraco de vendas, como são os casos das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e das concessionárias de veículos. O crescimento esperado em junho na venda de eletrodomésticos e eletrônicos deverá se dar muito mais pela fraca base comparativa do mesmo mês de 2016 do que por efetivo aumento de vendas reais. Para a Federação, no ano passado, o segmento enfrentou seu ciclo recessivo mais intenso, com quedas mensais sucessivas acima de 14% em média.
Presentes mais baratos
Segundo a pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), realizada mensalmente pela FecomercioSP, os preços dos produtos e serviços na região metropolitana de São Paulo acumulam alta de 4,24% nos últimos 12 meses até abril.
Para os casais que queiram presentear, os itens mais atrativos estão no grupo de vestuário, calçados e acessórios, pois apresentaram queda de preço - ou alta inferior à inflação do período.
As bijuterias estão muito mais baratas do que no ano passado (-11,08%) enquanto as joias caíram apenas 0,76%. Os outros produtos cujos preços caíram são agasalho feminino (-11,22%); vestido (-8,26%); bolsa (-4,81%); blusa feminina (-3,30%); e agasalho masculino (-2,47%). Os preços atrativos devem motivar ainda mais a procura por esses produtos neste ano, que já são os mais desejados como presente.
Ainda dentro desse grupo, apresentam alta de preços acima da inflação média do período os itens: tênis (18,43%); sandália (7,82%); sapato masculino (7,56%); sapato feminino (5,92%); e lingerie (4,82%). Complementam a lista os artigos de maquiagem (8,28%) e os perfumes (7,77%).
Os casais mais românticos que gostam de comemorar a data com jantar, cinema e outras atrações terão que desembolsar um pouco a mais em 2017. Comer fora de casa em São Paulo está, em média, 4,81% mais caro do que no ano passado (comparação entre abril/17 e abril/16). Mesmo o cinema, um programa mais em conta para quem está com o orçamento apertado, apresentou alta acima da inflação do período (7,65%).
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