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11/04/2013Com reaproveitamento de material orgânico, Bio&Green vence 3º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade
Fibras de coco e cascas de café e arroz são usadas na produção de espumas biodegradáveis utilizadas na germinação de sementes
(Imagem: TUTU)
Nem todos sabem, mas resíduos originários de matérias-primas de fontes renováveis também podem desempenhar o papel de vilão no problema do descarte de sobras de processos produtivos. Foi com essa questão em mente que os irmãos Walter e Roberto Dreifus contrataram, em 2008, a pesquisadora e doutora em química pela USP Patrícia Ponce para desenvolver o que é hoje a atividade da Bio&Green: o reaproveitamento de fibras de coco, sisal e bagaço de cana-de-açúcar, fibras de curauá, juta e cascas de café e arroz para a produção em escala industrial de espumas biodegradáveis que substituem os tubetes plásticos utilizados no plantio e na germinação de sementes. A ideia rendeu à Bio&Green o 3º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade na categoria Microempresa.
A utilização de tubetes de plástico na agricultura começou na década de 80 como ferramenta para permitir o desenvolvimento de mudas em ambientes controlados, independentemente do clima. Apesar da possibilidade de poderem ser reutilizados por mais de cinco anos, fazer com esses tubetes sejam vistos como economicamente vantajosos traz riscos ambientais. “Quando perde sua função, ele tem de ser descartado, e como derivado do petróleo, o plástico demora 500 anos para se decompor na natureza”, explica Patrícia Ponce. Na contramão desses problemas, os tubetes da Bio&Green são compostáveis, recicláveis e produzidos a partir de matéria-prima de fontes renováveis.