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Negócios

Ambiente do dinheiro também é um território feminino, afirma Ana Fontes

Fundadora da Rede Mulher Empreendedora defende política de crédito direcionado a negócios liderados por mulheres

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Ambiente do dinheiro também é um território feminino, afirma Ana Fontes

Às mulheres, crédito costuma ser mais negado, diz Ana Fontes
(Divulgação)

Em um país onde 40% das empreendedoras têm o próprio negócio como única fonte de renda para “botar comida dentro de casa”, é preciso não só de uma política pública de “geração de crédito diferenciado para mulheres donas” de pequenas empresas, como também ensinar as meninas que “o território do dinheiro é um território feminino”, de acordo com a fundadora da Rede Mulher Empreendedora, Ana Fontes.

Em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Ana defende uma política de crédito diferenciado para empreendedoras citando o impacto da pandemia sobre os negócios. Segundo ela, 60% das mulheres empreendem nas áreas de moda, beleza, alimentação fora de casa e serviços de estética – atividades muito afetadas pelo surto de covid-19, em razão do distanciamento social.

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Além disso, destaca que, por questões educacionais e comportamentais, as mulheres “não se sentem confortáveis no ambiente dos bancos e do mercado financeiro” e, quando tentam contrair crédito, são, historicamente, “mais negadas”.

“Tem uma questão anterior à do crédito em si que é a da educação e do ambiente financeiro para as mulheres. A nós nunca foi ensinado que o ambiente do dinheiro é feminino, sempre foi ensinado que era masculino. Por isso, muitas mulheres acham que não podem cuidar do dinheiro; elas têm receio em relação à educação financeira”, explica.

“Você associa isso ao fato de que quem fala de dinheiro em todos os canais públicos são homens – normalmente, brancos. É muito recente o fenômeno de mulheres falando de educação financeira”, complementa.

Para mudar esta realidade, Ana Fontes, também delegada líder do Brasil no W20 – grupo de engajamento do G20 com foco em equidade de gênero –, defende que o empresariado se una a fim de impulsionar pautas relevantes para o País.

“[O empresário] é um apoiador, e não um elaborador de política pública, até porque ele é um único ator. Os empresários têm de se juntar em categorias e associações das quais já fazem parte para empurrar, ajudar e pautar as questões importantes para a nossa sociedade”, reforça.

Ana também sugere que, como forma de ajudar diversas famílias a atravessar o período pandêmico, o consumo seja direcionado às pequenas empresas, principalmente as conduzidas por mulheres. "Você vai comprar um presente ou um ovo de Páscoa, compre de uma mulher que está produzindo na casa dela. Aquela produção vai ajudá-la a pôr comida dentro de casa”, salienta.

Assista a entrevista na íntegra e se inscreva no canal UM BRASIL.

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