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Negócios

Brasil é extraordinariamente rico em criatividade empreendedora, diz Amyr Klink

Navegador ressalta a capacidade do brasileiro de criar negócios inovadores mesmo sem formação acadêmica

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Brasil é extraordinariamente rico em criatividade empreendedora, diz Amyr Klink

Para Amyr Klink, mundo caminha para a economia de compartilhamento, em que um é provedor do outro
(Foto: Christian Parente)

O que não falta no Brasil são pessoas que, mesmo sem formação acadêmica, empreendem de maneira inovadora e, com isso, criam atividades que geram renda. Essa observação é do navegador, palestrante, escritor e empreendedor Amyr Klink.

“Nesse aspecto, o Brasil é um país extraordinariamente rico. Infelizmente, a gente se acostumou a enxergar apenas o diploma [como sinal de conhecimento]”, diz o velejador em entrevista ao UM BRASIL em parceria com a Expert XP 2018. “Trata-se da engenharia de quem depende do que faz para sobreviver. É a engenharia, por exemplo, dos mestres jangadeiros do Ceará, que não têm dente na boca e constroem o único barco a vela do mundo que não tem leme”, completa.

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Disposto a ter uma vida menos associada à acumulação de bens, Klink ressalta que o mundo passa por uma transformação, na qual os jovens buscam mais experiências em vez de propriedades e mercadorias.

“Estamos indo para uma economia de compartilhamento. Estou descobrindo isso no meu negócio. Fui ignorante durante muitos anos, fazia barco para mim. Hoje, a gente é provedor de mobilidade divertida. É completamente diferente”, comenta, citando sua empresa de aluguel de veleiros em Paraty, no Estado do Rio de Janeiro.

Klink explica que, ao disponibilizar esse serviço, suas embarcações não ficam ociosas, ao mesmo tempo que consumidores não precisam adquirir barcos para fazer passeios navais.

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O navegador comenta que, enquanto muitos de seus amigos estão deixando o Brasil, prefere ficar e encarar as dificuldades impostas pelo País. “A gente acabou se tornando uma referência na nossa minúscula atividade de construir as viagens, os barcos e os roteiros exatamente por causa dos problemas. Aqui, tudo é difícil, o País é excessivamente burocrático. O que eu gosto da minha atividade é que você não pode errar. Você paga o erro com uma vida. Essa certeza da consequência é o que faz a gente ser eficiente”, salienta.

Para Klink, ser rico é acumular experiências e se dedicar às atividades pelas quais é apaixonado. Com isso, deixa um alerta: “Eu percebo, hoje, que, se alguém entra em uma faculdade como Harvard ou GV [Fundação Getulio Vargas] com o objetivo de ficar rico, vai morrer de fome. O objetivo de ter sucesso econômico é inalcançável. Você vai começar a ganhar dinheiro quando fizer as coisas que te atraem, que façam com que você se dedique de corpo e alma. E essas coisas são completamente malucas: variam de linguagem de programação a andar de skate. É aí que você vai crescer e empreender”, assevera.

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