Economia
11/04/2017“Brasil não será tão afetado por políticas protecionistas”, diz Luiz Pinto
Diretor-executivo do BRICS Overseas argumenta que País tem uma economia muito fechada, mas pode ter problemas para seguir com suas reformas
Para Luiz Pinto, pior cenário que pode surgir a partir das políticas protecionistas é uma guerra comercial entre EUA e China
(Tutu)
A agenda de políticas protecionistas que deve ser adotada pelos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump e, possivelmente, por outros países cria um cenário de incerteza no comércio internacional, mas o Brasil deve ser um dos países menos afetado nesse contexto. É o que diz o professor visitante da Qatar University e diretor-executivo do BRICS Overseas, Luiz Pinto.
“Mundo globalizado foi atacado aos poucos”, diz Marcos Troyjo
“Desafio atual é proteger os ganhos da globalização”, diz Daniel Gómez Gaviria
“Brasil é o país mais fechado no mundo no comércio”, diz Otaviano Canuto
Em entrevista ao UM BRASIL, em parceria com a Columbia Global Centers | Rio de Janeiro, braço da Universidade de Columbia, em Nova York, ele diz que o pior que pode surgir desse cenário de incerteza é uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, o que deve impactar os países emergentes.
"O que veremos será muita divergência e como isso vai afetar os países emergentes. Evidentemente que se for um problema muito sério, todos vão ser afetados de forma negativa, mas alguns muito mais negativamente do que outros”, diz Pinto.
De acordo com ele, entre as economias emergentes, o Brasil é o que deve ser menos impactado por eventuais mudanças nas políticas comerciais internacionais.
“Uma razão muito simples: o Brasil é uma das economias mais fechadas do mundo e, portanto, o País não é tão vulnerável como o México e países asiáticos que estão muito mais integrados nas cadeias globais de valor”, afirma.
Contudo, o diretor-executivo do BRICS Overseas afirma que as políticas protecionistas podem ser mais um agravante para o País conseguir ser bem-sucedido em suas reformas estruturais.
“O Brasil, agora nesse período de reformas, vai ter de lidar com essa incerteza e vai ter que traçar uma estratégia muito mais elaborada para conseguir reformar, por exemplo, o sistema de financiamento de longo prazo e abrir certos setores da economia para investimentos estrangeiros”, ressalta.
Na entrevista, Luiz Pinto também comenta o papel do banco dos BRICS – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – e a reformulação do modelo de crescimento desses países.
Confira na íntegra, abaixo:
Ao mencionar esta notícia, por favor referencie a mesma através desse link:
www.fecomercio.com.br/um-brasil/materias/brasil-nao-sera-tao-afetado-por-politicas-protecionistas-diz-luiz-pinto
Notícias relacionadas
-
Brasil
Dia das Mães: vendas devem atingir a maior cifra dos últimos 16 anos
Projeção é de crescimento de 3% no faturamento, chegando próximo a R$ 63 bilhões, segundo FecomercioSP
-
Brasil
País deve melhorar a produtividade e a integração comercial
PesquisasCusto de vida se mantém estável em março
PesquisasEmpresariado paulistano está otimista com futuro, mas preocupado com presente
Recomendadas para você
-
Brasil
Mudanças no Perse não são as ideais, mas melhoram cenário
Votação na FecomercioSP nesta terça-feira (23) deve sacramentar ajustes feitos pela deputada Renata Abreu (Podemos/SP), que discutiu relatório final nesta segunda (22)
-
Brasil
Comércio e Serviços de SP registram maior geração de empregos da história
Saldo de vagas no Comércio fica positivo, e no setor de Serviços cresce 37%
-
Inteligência Artificial
Regulação apressada da IA pode prejudicar o Brasil
Segundo FecomercioSP, legislação sobre tecnologia precisa ser flexível e adaptável aos seus avanços
-
Brasil
Inadimplência permanece intacta em São Paulo
Em abril, 22,6% das famílias paulistanas estavam com contas atrasadas