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Negócios

Brasil tem tudo para liderar o debate sobre meio ambiente no mundo

Canal Um Brasil entrevista Heni Ozi Cukier, ex-deputado estadual, cientista político, professor e palestrante

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Brasil tem tudo para liderar o debate sobre meio ambiente no mundo
Heni Ozi Cukier; crédito: UM BRASIL

A participação do Brasil no contexto global é inferior ao que deveria ser, considerando que a conjuntura internacional potencializa as vantagens competitivas do País em relação ao seu tamanho, seus recursos naturais, seu ativo ambiental distinto e seus ativos agrícola e produtivo únicos. “Alimento, energia, sustentabilidade e meio ambiente são temas fundamentais no momento. Tudo isso dá ao Brasil condições de ter uma relevância estratégica muito maior do que tem atualmente”, pondera Heni Ozi Cukier, ex-deputado estadual, cientista político, professor e palestrante, em entrevista ao UM BRASIL – uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Segundo Cukier, o Brasil precisa ser líder em meio ambiente. “Isso é incontestável. É o grande assunto no mundo desenvolvido e uma preocupação para o mundo em desenvolvimento. Considerando a dimensão geográfica do Brasil, a sua condição de nação em desenvolvimento e ainda o fato de que é o maior ativo ambiental do planeta, o País precisa ocupar esta liderança”, frisa.

Na prática, ele sugere que isso significa pensar e propor soluções para o meio ambiente, tomar a frente das discussões e achar uma forma de equalizar as necessidades dos países em desenvolvimento com as preocupações dos desenvolvidos –  que já destruíram suas reservas nos séculos passados. Para tanto, o País precisa aprender a criar uma capacidade de extrair riqueza dos ativos ambientais sem ser por meio da exploração dos recursos naturais. “O Brasil também tem tudo o que precisa para liderar o debate sobre a produção de alimentos”, enfatiza.

Cukier também reforça que, “internacionalmente, o Brasil não ganhará espaço se não se colocar, planejar e entrar no ‘tabuleiro’ da geopolítica global. Com isso, necessitamos de um projeto de país, de um plano, e ainda saber a posição que nos cabe. Isso não existe aqui. O Brasil nem sequer definiu o desejo de ser o líder da América Latina”, destaca o cientista político.

“Ninguém dará gratuitamente um assento ao Brasil, seja no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), seja em outras rodas de grandes fóruns. Há muitas oportunidades para ocupar espaços diferentes, e a liderança ambiental é uma delas”, comenta.

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