Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

“Desburocratização tem efeito de Revolução Francesa neste País”, diz Christian Lohbauer

Cientista político e ex-candidato a vice-presidente pelo Novo defende que governo simplifique ambiente de negócios e desmonte política intervencionista

Ajustar texto: A+A-

“Desburocratização tem efeito de Revolução Francesa neste País”, diz Christian Lohbauer

Estado tem que punir o empresário se houver erro, e não antes, defende Christian Lohbauer
(Foto: Christian Parente) 

O governo do presidente Jair Bolsonaro tem a oportunidade de causar uma “revolução” na história do Brasil. Para isso, basta desmontar a política intervencionista de governos anteriores e implementar medidas que simplifiquem a atividade empresarial, de acordo com o cientista político e ex-candidato a vice-presidente na eleição de 2018 pelo Partido Novo, Christian Lohbauer.

Em entrevista ao UM BRASIL, em parceria com o InfoMoney, Lohbauer defende categoricamente a necessidade de desburocratizar o ambiente de negócios para que o País possa prosperar economicamente.

Veja também
"Partidos só pensam em si e pararam no tempo", afirma Leandro Machado
“Cada vez mais o crescimento vai depender do gasto do setor privado”, diz Gustavo Franco
Brasil precisa enxergar turismo como negócio, diz Juliana Bettini

“Essas medidas mais do dia a dia do empresário, desburocratizantes, têm efeito de Revolução Francesa neste País”, enfatiza, referindo-se ao fato que marca a queda da monarquia absolutista na França e que dá início à Idade Contemporânea. “É aquela história de partir do princípio de que as pessoas estão fazendo a coisa certa, uma questão filosófica mesmo. O empresário, o indivíduo, o empreendedor, o sujeito que tem a ideia de empreender está pensando a coisa certa. Se ele errar, depois ele será punido, e não o contrário”, completa.

Segundo Lohbauer, o que tem limitado uma atuação política nesse sentido é que “o governo tem dentro dele ainda um pouco daquilo que é o Brasil desenvolvimentista”. Contudo, reforça que a sociedade clama por uma mudança estrutural e que o “o Brasil não aguenta dois anos de conversa mole”.

“Ele [Bolsonaro] vai ter de se convencer de que a única saída para o Brasil retomar a rota do desenvolvimento é desmontar esse intervencionismo e esse peso mastodôntico que o Estado tem na vida das pessoas e das empresas”, frisa. “Se não tem expectativa de que vai ter mudança estrutural, não vai acontecer [investimento]”.

O cientista político avalia que, como o governo propõe um rompimento ideológico contundente em relação ao período em que o PT esteve à frente do Planalto, é natural que inicialmente enfrente dificuldades e que, por isso, merece um pouco de paciência. Ele sinaliza também a importância do trabalho do Congresso, cujo quadro de parlamentares foi renovado em cerca de 40% na última eleição.

“Não quero crer que esse Parlamento vai ser pior do que o anterior, mas é uma crença, porque tem muita gente que precisa aprender rápido, e a pauta exige demais, são muitas reformas e temas muito sensíveis”, alerta.

Apesar das instabilidades e dificuldades políticas, Lohbauer se mostra otimista com o futuro do Brasil. “O País, ao contrário de muitos outros, tem de errar demais para dar errado. A gente está tentando, mas ele vai [para frente], porque tem muita riqueza.”

Confira a entrevista na íntegra a seguir:

Fechar (X)