Negócios
11/09/2023Luta contra assédio e discriminação precisa ser um valor nas organizações
Afirmação é de Mário Spinelli, diretor de Governança e Conformidade da Petrobras
A legislação brasileira tem possibilitado avanços importantes na criação de mecanismos capazes de detectar casos de assédio nas empresas, inclusive o sexual. Contudo, posto que uma lei não impacta instantaneamente o comportamento das pessoas, há dois fatores determinantes na área de Compliance que ajudam a ditar a transformação: a boa prática e a proibição da transgressão no discurso e nas ações da alta administração.
“Isso é chamado de ‘o tom que vem de cima’. A mudança cultural passa, necessariamente, por uma mudança de quem comanda as organizações. Diante de tantos casos de violência no trabalho, se quem está no comando não assumir o discurso e praticá-lo contra isso, nada funcionará”, adverte Mário Spinelli, diretor de Governança e Conformidade da Petrobras.
Spinelli enfatiza que, hoje, os principais ativos nas organizações são a imagem e a reputação. “A sociedade mudou de forma representativa contra comportamentos como violência sexual direcionada às mulheres, assédio moral e todos os tipos de discriminação. As empresas precisam se adaptar a isso. Agora, as pessoas se sentem mais confortáveis para denunciar. As organizações devem ter meios de detectar e punir os responsáveis. Ainda que a represália seja o último estágio, não podemos nos eximir desse dever.”
VEJA TAMBÉM
Em entrevista ao Canal UM BRASIL — uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) —, o executivo ainda salienta que a empresa que mostrar respeito às pessoas e promover um ambiente digno no trabalho se tornará preferência de bons profissionais e consumidores.
“A organização sem um olhar atento para isso vai perder mercado e tenderá a desaparecer, felizmente”, reforça. “Nesse mundo onde vivemos, muito conectado e com muito acesso à informação, cada vez mais a sociedade cobrará que o compromisso da empresa se transforme em atitude e ação prática. Se as empresas falharem, serão cobradas. O mercado precisa estar atento ao fato de que isso é um componente de valor”, conclui.
Ao mencionar esta notícia, por favor referencie a mesma através desse link:
www.fecomercio.com.br/um-brasil/materias/luta-contra-assedio-e-discriminacao-precisa-ser-um-valor-nas-organizacoes
Notícias relacionadas
-
Empreendedorismo
Loja do Futuro apresenta a evolução do varejo na FE24
Último dia para visitar o grande evento de negócios e conferir as tendências dos comércios físicos e digitais
-
Empreendedorismo
Banco do Povo Paulista: crédito sob medida para MPEs
VarejoVarejo paulista deve criar 30 mil vagas de emprego no último trimestre do ano
EmpreendedorismoCenário econômico deixa Black Friday mais atrativa
Recomendadas para você
-
Empreendedorismo
Pequenas empresas, grandes impactos: startups ganham espaço
Pandemia e eventos climáticos aceleraram o interesse por soluções de problemas; veja matéria da PB
-
Turismo
IA deixa de ser opção e se torna essencial para a competitividade no Turismo
Especialista explica como a tecnologia pode promover negócios e transformar o mercado
-
Empreendedorismo
Veja resultados preliminares sobre empreendedorismo feminino
Em encontro na FecomercioSP, empresárias e pesquisadoras da entidade compartilharam experiências
-
Turismo
Nova Lei Geral do Turismo fortalece a atuação do setor
Desburocratização de procedimentos, redução da judicialização e mais são alguns dos marcos positivos