Economia
16/01/2018É preciso reaprender a diferença entre privilégios e direitos, afirma Lawrence Reed
Presidente da Foundation for Economic Education (FEE) diz ao UM BRASIL que favoritismo causa desigualdade econômica e defende menor intervenção dos governos nos mercados

Especialista acredita que a retirada da burocracia traria melhoras quase que instantâneas à economia brasileira
(Foto: Christian Parente)
A desigualdade econômica gerada por aqueles que usam suas conexões no governo para conseguir vantagens, proteção e subsídios é uma barreira que impede o progresso econômico de muitas pessoas. A afirmação do presidente da Foundation for Economic Education (FEE), Lawrence Reed, integra a discussão do UM BRASIL sobre a relação entre a desigualdade social e os privilégios advindos do Estado. A entrevista é resultado de parceria entre o canal e o Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE).
Na conversa com Thaís Heredia, Reed explica a diferença entre os conceitos e diz que quanto mais uma sociedade segue no caminho do favoritismo, maior será a desigualdade.
“Eu acho que as pessoas precisam reaprender a diferença entre privilégios e direitos. Direitos são coisas que vêm para você em virtude do seu nascimento, por você ser um indivíduo único, soberano e independente. Você vem a esse mundo com certos direitos – basicamente o de viver em paz contanto qupre deixe os outros viverem em paz. O privilégio não é um direito, é algo que pode ser um favor especial só para você talvez por causa de alguma conexão política que você fez”, completa.
Veja também:
Roberto Giannetti fala ao UM BRASIL sobre a importância da abertura econômica no Brasil
Reed acredita que atualmente o brasileiro estão mais receptivos às novas ideias após passar por turbulências econômicas e políticas e essa necessidade de obter respostas pode ser o gatilho para uma mudança. “Espero que os brasileiros percebam que muitos dos seus problemas vêm, em primeiro lugar, de um excesso de governo, no sentido de favoritismo político”, diz.
O presidente da FEE fala que a retirada de barreiras colocadas pelo próprio governo, como a burocracia, traria melhoras quase que instantâneas à economia brasileira. Ele defende a redução da intervenção nos mercados para aumentar as chances de a sociedade gerar riqueza e prosperidade. “Os requisitos burocráticos brasileiros para se começar um negócio e fazê-lo crescer estão entre os piores do mundo. Se você se livrar disso, verá um aumento no empreendedorismo em um período bem curto”, enfatiza.
Acompanhe a entrevista completa:
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