Os setores privado e público (nas suas três esferas – federal, estadual e municipal) têm o mesmo peso nas questões relativas à sustentabilidade e à agenda ESG como um todo. “Na verdade, as empresas implementam as ações com o Poder Público”, destaca Ana Toni, diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS), na terceira entrevista da série comemorativa de 500 entrevistas do Canal UM BRASIL – uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Durante o bate-papo, Ana explica como o tema tem se tornado mais sensível ao empresariado. “O setor privado responde muito para o ambiente no qual ele atua, e os investidores passaram a exigir, cada vez mais, padrões elevados de ações sociais, ambientais e de governança. Além disso, as empresas sabem que o Brasil não é uma ilha. Estamos inseridos num contexto internacional no qual é preponderante o tema das mudanças climáticas”, diz.

A diretora-executiva do iCS afirma que as companhias têm se esforçado para avançar na pauta ESG – muitas delas precisam apenas ganhar escala. “Vejo dois tipos de atitude das empresas: enquanto umas olham e abraçam novas oportunidades nesta nova economia, outras permanecem apegadas ao modelo antigo de negócios. A longo prazo, vão sobreviver as que abraçaram este mundo em transição. Já estamos vendo isso acontecer lá fora.”

Sobre política, Ana salienta que os senadores e deputados federais brasileiros também precisam trabalhar para fortalecer a relação entre economia e sustentabilidade – o fim desmatamento, por exemplo, seria um vetor de desenvolvimento.

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