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Imprensa

70% das famílias da capital paulista não pretendem adquirir bens duráveis

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Os bens duráveis estão cada vez mais distantes da lista de prioridades das famílias paulistanas. O índice que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), desenvolvido mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), registrou queda de 30,9%, se comparado com o mesmo mês de 2014. Com relação a junho deste ano, o recuo foi de 7,5%, ao passar de 81,7 para 75,6 pontos. O indicador varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório e acima de cem pontos é apontado como satisfatório.

Um dos itens avaliados na pesquisa - momento para duráveis - caiu 11,5% e atingiu 49,8 pontos no mês. Trata-se do menor nível e da maior queda observados entre os sete componentes do índice. No comparativo anual, a pontuação está 42,7% abaixo do registrado em julho do ano passado.

Assim como no mês de junho, todos os itens contemplados pelo ICF atingiram os menores patamares já registrados. O item Perspectiva Profissional teve a maior a maior perda em termos de pontuação (-7,7 pontos), ao passar de 103,4 para 95,7 pontos. Esse resultado coloca o item, pela primeira vez, abaixo dos 100 pontos. Isso significa que a maioria das famílias paulistanas estão pessimistas em relação a alguma melhora profissional nos próximos seis meses. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP o comportamento de compra das famílias, cada vez mais deteriorado, foi influenciado, ainda, pelo impacto negativo do desemprego.

A renda familiar, de acordo com a Entidade, está visivelmente afetada pela inflação, que já beira os 9% em 12 meses na região metropolitana de São Paulo segundo o CVCS da FecomercioSP. Para agravar ainda mais o cenário, a dificuldade na obtenção de crédito e a alta dos juros se tornaram os principais vilões para quem buscava, nessa opção, uma alternativa para complementar o orçamento.

A segunda maior queda percentual no mês foi a do item Perspectiva de Consumo (10,5%), que atingiu 58,1 pontos. Nível de Consumo Atual, com variação de -5,4%, atingiu 53,2 pontos e está há 30 meses no patamar de insatisfação. Em julho, o item superou apenas o componente momento para duráveis.

Renda

A pesquisa apontou que as famílias com renda superior a 10 salários mínimos (S.M.) estão mais insatisfeitas com as suas condições econômicas. A pontuação deste grupo atingiu 69,2 pontos em julho contra 77,8 pontos das famílias de classe mais baixa.

Assim como no índice geral, no recorte por renda, o item Momento para Duráveis também foi o destaque negativo para as famílias que recebem até 10 S.M. Além de ter registrado a maior variação mensal negativa (-12,6%), também é o item com pior avaliação: 48,6 pontos.

Ainda que as previsões sinalizem um aumento do desemprego para os próximos meses, as famílias desta faixa de renda ainda demonstram certa segurança, uma vez que o item Emprego Atual é o único que está na zona de satisfação, com 105,3 pontos.

Nota metodológica

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde agosto de 2009, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. A ICF é composta por sete itens: Emprego atual; Perspectiva profissional; Renda atual; Acesso ao crédito; Nível de consumo atual; Perspectiva de consumo; e Momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório e acima de cem pontos é denotado como satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias e para as instituições financeiras.

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