Economia
20/08/2015Aumento de juros pode agravar efeitos na inflação e no câmbio
Condições para equilíbrio da moeda não serão atingidas com novas elevações
O objetivo do atual ciclo de aumento dos juros para o controle da inflação não está surtindo os efeitos esperados, pelo contrário, está influenciando de maneira importante na redução da demanda agregada e na retração dos investimentos. O que se percebe no cenário atual são preços e câmbio elevados, reflexos da inflação e da desconfiança dos investidores no Brasil.
Mesmo que o Copom eleve novamente a taxa de juros nas próximas três reuniões previstas para este ano, as condições de equilíbrio do Real não serão atingidas e o aumento de juros gerará mais despesas à União para pagamento da dívida, além de um ciclo prolongado de recessão.
Mesmo com a alta da Selic nos últimos 12 meses, o Real passou de R$ 2,44 para R$ 3,11. A depreciação da moeda gera pressão sobre os preços dos produtos importados.
No período de três trimestres, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,6% - no acumulado de 12 meses até outubro do ano passado - para quase 9% até junho, bem acima do limite superior da meta estabelecida pelo governo.
Todos os direitos patrimoniais relativos ao conteúdo desta obra são de propriedade exclusiva da FECOMERCIO-SP, nos termos da Lei nº 9.610/98 e demais disposições legais aplicáveis à espécie. A reprodução total ou parcial é proibida sem autorização.
Ao mencionar esta notícia, por favor referencie a mesma através desse link:
www.fecomercio.com.br/noticia/aumento-de-juros-pode-agravar-efeitos-na-inflacao-e-no-cambio
Notícias relacionadas
-
Editorial
Perspectivas 2025: dez olhares para o novo ano
Revista PB reúne especialistas para falar sobre as dificuldades e oportunidades que aguardam o Brasil
-
Economia
Dólar alto exigirá mais cautela das empresas
EconomiaAo UM BRASIL, Thiago de Aragão fala como protecionismo e polarização desafiam política externa
LegislaçãoQuitação de dívidas tributárias: oportunidade para empresários em dificuldade