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Imprensa

Cai ainda mais a confiança dos consumidores paulistanos

Depois de ter atingido, no mês anterior, o menor nível desde janeiro de 2009, indicador da FecomercioSP que mede a confiança dos moradores da capital paulista volta a cair em abril

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São Paulo, 15 de abril de 2014 - Os paulistanos reduziram ainda mais o otimismo em relação ao cenário atual e às perspectivas de desempenho da economia brasileira para os próximos meses. Prova disso é que em abril o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) desceu à casa dos 120,2 pontos, apontando uma queda de 4,4% em relação aos 125,8 pontos do mês anterior. O número atual é o pior patamar desde novembro de 2005. Sobre os 155,6 pontos registrados em abril de 2013, houve um significativo recuo de 22,7%. Apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o indicador é um importante termômetro da percepção das pessoas sobre a situação econômica e balizador para novos investimentos pelo setor produtivo. Varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

 
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a sucessiva diminuição do ICC em março e em abril é resultado do aumento do desânimo e descrédito da população com o andamento da atividade econômica. Seria motivo para isso a ampliação sistemática nas variações dos índices de preços ao consumidor, sobretudo relacionados a bens de consumo, como os produtos alimentícios. Também contribui para uma menor confiança dos consumidores a contenção do crédito promovida por prazos de pagamento mais curtos e taxas de juros mais elevadas.
 
A queda do indicador, tanto de março para abril quanto entre abril de 2013 e abril de 2014, foi verificada em todas as segmentações (renda, gênero e faixa etária). Na comparação mensal, os destaques foram para quem ganha a partir de dez salários mínimos, com variação negativa de 8,5%; entre as mulheres, cujo indicador caiu 6,3%; e para pessoas com 35 anos ou mais, que registraram ICC 7,6% menor. Os mesmos grupos tiveram as maiores quedas na comparação anual: renda de dez salários mínimos ou mais (-25%), mulheres (-24,6%) e idade a partir de 35 anos (24,5%).
 
Os dois subindicadores que compõem o ICC, apresentaram também quedas em ambos os períodos de análise. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que mede o sentimento das pessoas para a situação corrente, ficou em 126,9 pontos em abril - 4,1% menor que os 132,4 pontos de março e 17,1% abaixo dos 153 pontos de abril de 2013. Aproximando-se da marca de neutralidade (100 pontos), o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), que projeta a perspectiva futura, chegou aos 115,8 pontos em abril - recuo de 4,6% diante dos 121,4 pontos do mês anterior e diminuição de 26,4% em relação aos 157,3 pontos de abril de 2013.
 
Metodologia

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores do município de São Paulo. O objetivo da pesquisa é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.
 
Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.
 
A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.

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