Índice de Confiança do Consumidor
Confiança do consumidor recua mais de 11% em um ano, apesar de leve alta em junho
A inflação, os juros elevados, o endividamento e o cenário fiscal incerto têm afetado diretamente o custo de vida dos paulistanos, influenciando a intenção de consumo e a confiança dos consumidores, na capital. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em junho, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou retração de 11,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado — completando 11 meses consecutivos de queda.
Ainda assim, na variação mensal, a intenção de consumo permaneceu estável (0,9%), enquanto a confiança dos consumidores subiu 1%. Na escala que vai de 0 a 200 pontos — representando, respectivamente, pessimismo e otimismo total —, o ICC registrou 112,9 pontos.
Sobre
O objetivo principal do ICC é identificar o "humor" dos consumidores mediante sua percepção relativa às suas condições financeiras, às suas perspectivas futuras e também à percepção que o consumidor tem das condições econômicas do país. O Índice de Confiança do Consumidor varia de 0 a 200, calculado com base em perguntas dicotômicas (respostas positivas ou negativas) nos moldes do indicador de confiança de Michigan, criado em 1950. No início da década de 1990 a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia original às necessidades brasileiras.
Como é obtido
Os dados são coletados junto a cerca de 2.200 consumidores no município de São Paulo.
Utilidades
Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no país, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.
Análise de Índice
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