Maioria dos consumidores está conectada e, para compreender essa dinâmica e atender a demanda, empresários precisam ter o olhar profissional
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero

Em uma realidade na qual as pessoas vivem conectadas à internet e há mais celulares que habitantes no País, é fundamental que os empresários entendam que a tecnologia gera impactos em seus negócios. Seja no atendimento e na comunicação com o consumidor ou na própria gestão do empreendimento, as ferramentas e soluções digitais vieram para facilitar os processos.

“Com esse conhecimento, os empresários são capazes de contratar serviços ou profissionais para essas funções e entendem a importância de investir nesses setores. Veem que não se trata de algo acessório, e sim, essencial”, comenta Stella Wilderom, docente do curso de Analista de Marketing em Mídias Sociais do Senac Francisco Matarazzo.

Muitas vezes, os empresários do setor acreditam que ter um site atualizado, redes sociais ou atendimento por WhatsApp, por exemplo, é algo distante de suas realidades ou viável somente para grandes empresas. Também encaram como custo o treinamento e desenvolvimento da equipe por meio de palestras e cursos em vez de vê-los como investimento.

No entanto, a esmagadora maioria dos consumidores está conectada, buscando informações e comprando on-line. Para compreender essa dinâmica, não basta ser usuário: é preciso ter o olhar profissional. Especialistas em marketing digital podem ajudar, mas, se o empresário não souber o que pode ser feito com a tecnologia para atrair, relacionar, converter e reter um cliente, fica difícil elaborar um projeto mais estruturado. “Se eu não sei como um carro pode me ser útil, fica impossível escolher um para comprar. Por esse motivo é que os profissionais do segmento precisam conhecer esse novo modelo de vendas e marketing”, explica o consultor empresarial Gustavo Rueda.

A atualização em tecnologia é importante também para aumentar a empregabilidade. Segundo o coordenador do curso de Gestão de Recursos Humanos da Faculdade Pitágoras de Belo Horizonte, Mauro Monteiro Araújo, essa inovação auxilia na racionalização do negócio e na otimização do tempo, reduzindo custos e promovendo a melhoria contínua da companhia. “Se você não investir nessa vertente e não se mantiver atualizado por meio de seus colaboradores, suas chances de êxito no mercado diminuem significativamente”, observa.

Fraquezas
Os especialistas destacam algumas das fragilidades na área de tecnologia e no ambiente digital que são mais comuns ao pequeno e médio empresário. Araújo frisa a falta de participação do colaborador no processo de inserção, manutenção ou troca de sistemas e a adesão a tecnologias baseando-se apenas no valor da aquisição (“quanto mais barato, melhor”).

A carência de compreensão e preparo para lidar com a viralização rápida das reclamações expostas por clientes em redes sociais é outra vulnerabilidade, aponta Stella. “Entender essa dinâmica ajuda a empresa a preparar atendimento, profissionais e operações para lidar com esse cenário, evitando esse tipo de contratempo”.
Ainda no quesito redes sociais, a visão de Rueda é de que muitos empresários ainda precisam refletir sobre formas de ampliar as vendas e potencializar resultados por meio das ferramentas dessa estrutura. “As vendas pela internet estão cada vez mais comuns, usando meios de pagamento virtual seguros e robustos”.