Negócios
29/03/2017Cinco dicas para abrir um negócio em um nicho de mercado
Empreendedor deve tomar cuidados desde a escolha do segmento até pontos como os aspectos jurídicos, contábeis, financeiros e de gestão
Não dá para saber de antemão se um nicho vai dar certo ou não, mas alguns sinais podem indicar o futuro
(Arte/TUTU)
Por Jamille Niero
O empresário que abre um negócio em um nicho de mercado enfrenta desafios parecidos com os encarados por um empreendedor “comum”. Ele deve ter os mesmos cuidados com os aspectos jurídicos, contábeis, financeiros e de gestão. Vale lembrar que o Brasil ocupa a 123ª posição (de 190) no ranking do Banco Mundial que classifica a facilidade de se fazer negócios em um país.
“Um ponto que deve ser questionado é: vale a pena ter um negócio no mercado de nicho ou em outro?”, aponta César Yokomizo, professor de Empreendedorismo da Saint Paul Escola de Negócios. Segundo ele, há vantagens e desvantagens em cada opção. O grande benefício de apostar em um nicho específico é que os clientes entendem rapidamente qual é a proposta de valor, facilitando a comunicação da empresa com eles. Por outro lado, em mercados mais genéricos sempre existe a possibilidade de ampliar a potencial base de clientes.
De acordo com Yokomizo, não é possível saber de antemão se um nicho vai dar certo ou não. No entanto, alguns sinais podem indicar o futuro. “Quais são os reais diferenciais do que será oferecido? Quais são os produtos ou serviços similares e qual é o preço praticado por eles? Se o ofertado custa mais caro que seu similar, o cliente está disposto a pagar pelo valor agregado diferencial? Se surgirem muitas dúvidas para responder a essas perguntas ou se as respostas forem desanimadoras, vale repensar a entrada no mercado de nicho”, indica o professor.
Veja também:
Conheça os setores promissores para entrar no mercado de nichos
Nicho de mercado é opção para conquistar clientes
Planejamento e gestão são fundamentais para negócio de nicho
Outro ponto que requer a atenção do empreendedor são os negócios que estão fazendo sucesso no momento, mas que no médio ou longo prazo podem não se sustentar. Entre os exemplos estão as paletas mexicanas ou os frozen yogurt, que viraram febre durante certo período, com abertura de diversas lojas especializadas, mas que depois de um tempo não conseguiram manter as vendas. Muitos estabelecimentos precisaram incrementar o cardápio com outros itens para recuperar o faturamento e outros até fecharam as portas.
Segundo o docente da Saint Paul, isso acontece porque o ser humano é naturalmente curioso e, quando aparece uma novidade no mercado, o potencial de comprar por impulso, para satisfazer a curiosidade, é alto. No entanto, em compras futuras, como aquilo já não é mais novidade, ele naturalmente compara aquele produto com similares e acaba optando pelo mais barato.
De acordo com a assessoria técnica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), tendo em vista a tão esperada recuperação econômica, é possível pensar em setores que tenderão a ser mais promissores para aberturas de novos negócios (incluindo os voltados para nichos) nos próximos anos. Mas, como qualquer negócio, o empreendedor precisa estar atento a alguns pontos antes de abrir as portas.
Confira abaixo as cinco dicas elencadas pela Federação:
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