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Imprensa

Com alta dos preços, proporção de famílias endividadas sobe para 42,3% em março

Principal tipo de dívida é o cartão de crédito, utilizado por mais da metade (59,3%) das famílias entrevistadas na pesquisa realizada mensalmente pela FecomercioSP

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Com alta dos preços, proporção de famílias endividadas sobe para 42,3% em março

A proporção de famílias paulistanas endividadas aumentou de 38,9% em fevereiro para 42,3% em março de 2015. Apesar dessa alta, o índice ainda é menor do que o visto um ano antes, em março de 2014, quando 48,4% das famílias entrevistadas disseram possuir dívidas. O aumento do número de famílias endividadas de um mês para o outro indica que a elevação dos preços tem impactado a renda das famílias, que aumentam o endividamento para manter o mesmo padrão de consumo. Por outro lado, a queda verificada na comparação anual demonstra que o consumidor está receoso com a situação econômica no País.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

A assessoria econômica da FecomercioSP destaca que o endividamento é maior entre as famílias de renda mais baixa, que ganham até dez salários mínimos. Nessa faixa econômica, o porcentual de endividados é de 43,8%, enquanto para quem ganha acima desse valor o endividamento é de 38,2%. É entre as famílias de renda mais baixa também que há maior ocorrência de contas em atraso: 12,8% contra 5,4% entre quem ganha acima de dez salários mínimos.

Segundo análise da Federação, as famílias com renda menor são quem mais sente os efeitos da inflação e da alta de juros, já que o crédito representa um importante meio de inclusão nos padrões de consumo e é a única forma de acesso a esses padrões. Justamente por serem mais impactados por esses fatores, apresentam também maior dificuldade para pagar suas dívidas, e qualquer imprevisto pode desequilibrar as finanças.

Renda comprometida

Do total de famílias endividadas, 49,8% têm entre 11% e 50% da renda comprometida para o pagamento das dívidas. Quanto ao prazo de comprometimento, 44,4% possuem dívidas por mais de um ano e 19% possuem dívidas que variam de 3 a 6 meses. Questionadas se terão condições de quitar ou pagar parcialmente as dívidas no próximo mês, 3,7% disseram que não. O número é menor do que o visto em março de 2014, quando 5,1% afirmaram não conseguir pagar as dívidas no mês seguinte.

O principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito, utilizado por mais da metade (59,3%) das famílias entrevistadas neste mês. A FecomercioSP destaca que, na comparação com fevereiro, o uso do cartão de crédito (como principal tipo de dívida) aumentou 12,2 pontos porcentuais. Segundo a assessoria econômica, essa alta significativa se deve a fatores como segurança e praticidade, além da expansão de consumo das classes C, D e E, que agora contam com maior facilidade para obter cartões de crédito.

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