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Economia

Com juros em queda, FecomercioSP aponta sugestões de investimentos

No curto prazo, renda fixa ainda é atrativa, mas imóveis, ações e empreendedorismo aparecem como boas opções

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Com juros em queda, FecomercioSP aponta sugestões de investimentos

Com sinais de recuperação, o setor imobiliário está em bom momento para aquisição ou locação
(ARTE/TUTU)

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), desde o segundo semestre do ano passado e recentemente no início de outubro deste ano, tem apontado para a probabilidade de valorização do Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo. Além disso, a Federação alertou sobre o momento para investir no mercado imobiliário e para a queda das taxas de juros, que devem reduzir a atratividade dos investimentos em renda fixa e poupança ao longo do ano que vem.

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No atual contexto de juros em queda, a FecomercioSP aponta sugestões de investimentos:

Mercado imobiliário
Foi um dos setores que mais sofreram com a crise. Com a queda da renda, a inflação elevada e a alta dos juros, houve uma redução drástica no volume de financiamentos, principalmente os de maior valor e prazos mais longos. Em São Paulo, os lançamentos caíram de 35 mil unidades em 2013 para menos de 20 mil no ano passado. No Rio de Janeiro, o segundo maior mercado do País, os lançamentos caíram de 16 mil unidades em 2013 para menos de 4 mil em 2016.

Mesmo com a redução do número de lançamentos, muitas unidades permanecem sem compradores e/ou locatários, principalmente as comerciais e lajes corporativas. Nesse cenário, os imóveis tiveram forte redução de preços, assim como os aluguéis – uma queda em torno de 20% a 30% entre 2014 e 2017.

Atualmente, o setor demonstra sinais de recuperação. Portanto, os imóveis estão possivelmente no melhor momento para serem adquiridos ou locados. Quem quiser investir diretamente (adquirindo para valorização ou locação) ou investir em fundos imobiliários, tende a ter bons resultados.

Renda fixa e poupança
A taxa de juros real (descontada a inflação) ainda é muito elevada no Brasil. O esperado é que o Banco Central continue reduzindo os juros nominais e, com isso, possa trazer os juros reais para a faixa de 3% a 4% em 2018, nível ainda maior do que no resto do mundo, mas menor do que a média do Plano Real.

Com isso, os investidores começam a pensar em migrar suas aplicações. Nota-se que a poupança mudou a sua regra de rendimentos justamente para que as taxas possam cair, permitindo uma queda mais relevante de juros no geral.

Também já há alguma movimentação de aplicações em renda fixa para ações ou outras modalidades, em função da ilusão monetária – tendência de pensar em moeda apenas em termos nominais, e não reais. Dessa forma, o aplicador, não compreendendo o conceito de juros reais, busca apenas o aumento do valor aplicado, ainda que isso possa significar perdas em relação à inflação.

A redução nominal dos juros já deu início a esse comportamento e, com a provável queda dos juros reais, deve se intensificar. A renda fixa ainda é uma boa opção, mas com tendência de ficar gradativamente menos interessante.

Ações
Investir em ações é uma das respostas naturais às quedas de juros e também à recuperação da economia. Dessa maneira, empresas passam a ser opções interessantes de retorno financeiro. Quando não se pode comprar uma companhia inteira, o poupador pode optar por adquirir vários pedacinhos de diversas empresas. Exemplo prático é o caso da Petrobras, que, com o processo de recuperação, já multiplicou por quase quatro vezes o valor desde o seu recorde de baixa, com as ações valendo cerca de R$ 4. Hoje, os papéis são cotados em torno de R$ 15, com tendência de alta.

Empresas
Empreender é um investimento. As regras básicas dessa modalidade são conhecer o setor, entender de administração de empresas, avaliar os riscos e as oportunidades e, por fim, dedicação e cuidado com os negócios. Por isso, a expectativa de retorno tem de ser maior do que o que se obteria aplicando no mercado. Não é tarefa fácil para todos, mesmo entre aqueles que dispõem de recursos para adquirir ou montar uma empresa do zero. Mas o mercado em expansão abre espaço para novos empreendimentos.

Risco
O risco de tudo o que foi analisado está fora do campo econômico. Os apontamentos foram feitos com base no cenário mais provável para o País, em que a crise política fica para trás e a Reforma da Previdência segue para aprovação. De toda maneira, o poupador tem de se manter informado para o caso de qualquer mudança nos quadros político e econômico do País, uma vez que o Brasil é historicamente um ambiente marcado pela instabilidade.

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