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Imprensa

Com queda de 1,3% em junho, confiança do consumidor afunda na zona de pessimismo, aponta FecomercioSP

Consumidores com renda familiar abaixo de 10 salários mínimos são os menos otimistas e a confiança deles é a menor desde o início do primeiro mandato do presidente Lula

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Com queda de 1,3% em junho, confiança do consumidor afunda na zona de pessimismo, aponta FecomercioSP

O agravamento da crise econômica levou à nova queda da confiança do consumidor paulistano em junho, segundo os resultados do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), pesquisa realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O ICC registrou, neste mês, o menor valor desde agosto de 2002, 90,6 pontos, ante 91,8 em maio e se afundou ainda mais na zona do pessimismo (em uma escala que varia de 0 - pessimismo total a 200 pontos - otimismo total). No comparativo anual, a retração vista foi de 15,6% (107,4 pontos no mesmo período de 2014).

De acordo com a assessoria econômica da Federação, o resultado está diretamente ligado ao aumento do desemprego, em conjunto com o crédito mais caro e restrito, juros e inflação mais elevados. A baixa no índice provoca a redução do consumo em geral e, em consequência, o mau desempenho do comércio varejista na capital e na região metropolitana.

A falta de otimismo do consumidor também é vista na comparação do primeiro semestre de 2014 com o mesmo período deste ano: queda de 15,7% no nível de confiança.

O ICC é composto pelo Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e pelo Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Enquanto o ICEA caiu 8,9% ao passar de 81,4 pontos em maio para 74,1 em junho, o IEC registrou alta de 2,9% e passou de 98,7 em maio para 101,5 pontos em junho.

ICC por renda
O Índice de Confiança do Consumidor com renda familiar abaixo de 10 salários mínimos (S.M.) atingiu 88,7 pontos em junho (queda de 19,8% sobre o mesmo mês do ano passado). Na comparação com maio deste ano, a retração foi de 2,6%. Para os consumidores com renda superior a 10 S.M., o indicador atingiu 94,7 pontos (recuo anual de 5,8%) e em relação a maio, apresentou alta de 1,4%.

Já no comparativo dos primeiros seis meses de 2014 e 2015, a retração foi praticamente a mesma para os consumidores com rendimentos até 10 S.M. (-15,6%, ao passar de média de 122,8 pontos no primeiro semestre de 2014 para 103,7 no mesmo período deste ano) e acima de 10 S.M. (-15,9%, com média de 119,8 no primeiro semestre do ano passado e 100,7 no mesmo período deste ano).

Homens x Mulheres
Na segmentação por sexo, os homens estão menos pessimistas do que as mulheres. No comparativo anual, o ICC deles em junho de 2015 foi 92,2 pontos, ante 113,7 no mesmo mês de 2014. Já o índice feminino em junho deste ano foi de 89 pontos, contra 101,1 vistos no mesmo período de 2014. No comparativo anual, as diferenças são de -18,9% e -12% respectivamente.

Em relação à faixa etária, em junho, o índice que mede a confiança dos consumidores continuou em baixa. O acima de 35 anos já estava abaixo de cem pontos desde abril deste ano e em junho atingiu 83,6. Já o abaixo dos 35 anos, que em maio atingiu pela primeira vez a zona de pessimismo ao registrar 94,5 pontos, em junho apresentou 94,9.

Para a FecomercioSP, apesar de o resultado das eleições ter mantido o consumidor de menor renda relativamente mais confiante, passados os primeiros seis meses do ano, o cenário agora é outro, uma vez que a confiança não foi capaz de resistir à persistência inflacionária e ao aumento do desemprego, que levaram o ICC da baixa renda para um nível inferior ao observado no início do primeiro mandato do presidente Lula. A Entidade reforça ainda que a queda na confiança dos consumidores é generalizada, sendo observada em ambos os sexos e em todas as idades e faixas de renda pesquisadas.

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