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18/10/2016Comércio externo pouco se diversifica em dez anos
Processo produtivo se tornou mais eficiente enquanto lista de itens mais exportados se mantém bastante similar
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Brasil precisa ampliar sua pauta de exportação de produtos industrializados com alto valor agregado
Apesar das mudanças econômicas e sociais pelas quais o Brasil passou nos últimos dez anos, a pauta de exportação do País se manteve bastante similar. Analisando esse período, a economia viveu, inicialmente, um momento de euforia, com crescimento constante e avanços sociais. Já nos últimos anos o País vem atravessando a maior crise econômica de sua história.
Nesse período, é possível identificar que a pauta de exportação de São Paulo, Estado motor da economia e responsável por um terço do Produto Interno Bruto (PIB), também não se diversificou significativamente.
Os dados da balança comercial paulista, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), mostram, por exemplo, que neste ano o principal produto exportado tem sido Outros Açúcares de Cana, cuja participação responde por 10,2% na lista dos produtos de destaque, responsáveis por mais de 70% das exportações. Em 2006, o primeiro item da lista também estava ligado à cana de açúcar, mas com 5,6% de participação.
Atualmente, em segundo lugar está a Embraer, com as exportações de Aviões/Veículos Aéreos, responsáveis por 6% entre os principais itens. Há dez anos, os mesmos bens correspondiam a 5,1%.
No lado importador, por sua vez, os destaques atuais são produtos ligados à telefonia, aviação, reatores, combustíveis, etc. O cenário não é muito diferente do que se via dez anos atrás. Na época, no entanto, o produto mais importado era o petróleo.
Os números indicam que, mesmo mantendo pauta exportadora similar, com produtos ligados a commodities e ao agronegócio, o processo produtivo se tornou mais eficiente no período de dez anos, em função de maquinário moderno, menos efeitos danosos ao meio ambiente, menor exposição a risco dos trabalhadores, entre outros fatores.
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