Sustentabilidade
06/09/2022Comitê Energia propõe alterações em portaria que trata da contratação de eletricidade no mercado livre de energia
Colegiado defende acabar com a obrigação de o consumidor ser representado por agente varejista na CCEE
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por meio do Comitê Energia, apresentou contribuições ao Ministério de Minas e Energia (MME) para aprimoramento da portaria que trata da redução do limite de carga na contratação de eletricidade no mercado livre.
Em primeiro lugar, vale destacar que a Portaria 672/2022, do MME, pôs em consulta pública uma portaria que prevê que, a partir de 1º de janeiro de 2024, todos os consumidores atendidos em tensão igual ou superior a 2,3 kV poderão adquirir energia elétrica de qualquer concessionária autorizada pelo Sistema Interligado Nacional (SIN).
Além disso, o mesmo documento indica que, para comprar eletricidade no mercado livre de energia, os consumidores terão de ser representados por um agente varejista na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Veja também
O Comitê Energia, no entanto, entende que esta obrigação aumenta os custos de contratação e restringe a liberdade do contratante. Sendo assim, o colegiado propôs ao MME uma flexibilização ao texto da portaria, de modo que as unidades consumidoras com carga igual ou inferior a 100 kW possam, se assim desejarem, ser representadas por agente varejista e as demais, continuar com os agentes atacadistas, como vem ocorrendo.
A mudança sugerida, além de dar liberdade ao consumidor para se autorrepresentar na CCEE, impõe um limite máximo de carga para que a contratação seja intermediada por um agente varejista. Pela redação original, qualquer consumidor, atendido em qualquer tensão ou demanda, deve contar com os serviços de um agente varejista para formalizar a contratação no mercado livre.
Paralelamente, o comitê tem mobilizado deputados federais para atuar a favor da aprovação do Projeto de Lei (PL) 414/2021, que amplia o acesso ao mercado livre de energia a todos os consumidores brasileiros. A matéria já foi aprovada no Senado.
Outras demandas
Tendo em vista a eventual abertura do mercado livre de energia a todas as unidades consumidoras, incluindo as de baixa tensão, o Comitê Energia recomendou ao MME que diversos temas que ainda careçam de regulamentação – supridor de última instância, necessidade (ou não) de troca de medidores, tratamento de dados para consumidores de baixa tensão, entre outros – possam ser encaminhados enquanto o processo de ampliação do acesso ocorre de forma escalonada.
Ademais, o comitê propôs que seja feita uma nova consulta pública para tratar da abertura do mercado às unidades consumidoras não residencial e não rural (prevista para janeiro de 2026) e residencial e rural (que deve ocorrer em janeiro de 2028), conforme cronograma proposto pela CCEE.
As propostas sugeridas ao ministério foram assinadas pelo presidente do Comitê Energia e do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, José Goldemberg.
Saiba mais sobre o Comitê Energia da FecomercioSP.
Representação
Sempre em busca de um melhor ambiente de negócios, a FecomercioSP encaminhou, a presidenciáveis e candidatos ao Governo do Estado de São Paulo, a relação de propostas prioritárias do setor de comércio, serviços e turismo para os próximos quatro anos.
Inscreva-se para receber a newsletter e conteúdos relacionados
Notícias relacionadas
-
Imprensa
Web Summit 2024: inovação e empreendedorismo
FecomercioSP acompanha discussões sobre a transformação digital e os reflexos da IA nos negócios
-
Legislação
Nova regra para atestado médico vale a partir de novembro
SustentabilidadeEmpresas têm função ativa no desenvolvimento sustentável
SustentabilidadeConsumo consciente: entenda a sua importância no dia a dia