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Negócios

Como começar a empreender em educação a distância em cinco itens

Siga os principais conselhos de quem é do ramo e evite os erros mais frequentes

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Como começar a empreender em educação a distância em cinco itens

(Arte: Tutu)

Por Alessandra Jarussi

Quem deseja empreender em educação a distância – um mercado em expansão – deve priorizar a qualidade dos seus cursos on-line. Para isso, é necessário atenção a cinco itens fundamentais: conteúdo do curso, formato das aulas, relação da empresa com os professores, atendimento aos alunos e plataforma de e-learning.

Conteúdo

A sugestão de Soeli Martineli, coordenadora do setor de cursos livres do Senac EAD, é que o empreendedor trabalhe, primeiramente, “com demandas identificadas pelo mercado” para a escolha adequada dos temas e professores. “É preciso trabalhar com os que dominam o assunto e incentivar que eles tragam sempre a teoria para a prática e para o dia a dia das pessoas”, aconselha Cynthia Akao, sócia-fundadora do Facíleme Cursos, plataforma de e-learning no Facebook e na web, onde os professores montam suas escolas EAD.

Formato

Quando se fala em aulas on-line é preciso ter cuidado com a qualidade dos vídeos, buscar prender a atenção do aluno e fazer com ele se sinta motivado. “Os erros mais comuns são cursos muito extensos, vídeos muito longos, tom de voz inadequado e excesso de texto nas telas”, relata Cynthia Akao.

Marcelo Botelho, gestor da área de ensino a distância do grupo educacional Impacta, revela que “a tendência é a gamificação dos cursos, na sua totalidade ou em parte em modelos híbridos com documentários, por exemplo”.

A Saibalá, escola da área de economia criativa, por exemplo, oferece um formato inovador de aulas, em que predomina a linguagem de cinema e a utilização de recursos que mantenham os alunos engajados, de forma lúdica.

Professores

“Para quem está começando, a melhor forma de relação com os professores é a parceria, para minimizar os custos de investimento; você oferta um porcentual por acesso”, sugere Marcelo Botelho. Nesse caso, o empreendedor e o professor são sócios no lucro. A empresa entra com a tecnologia e dá suporte em geral, enquanto o professor é responsável pelo conteúdo propriamente dito. Cada um recebe uma porcentagem sobre os ganhos.

Alunos

Acompanhar de perto o aproveitamento dos estudantes é um diferencial que demonstra o foco no cliente e na qualidade do serviço prestado. A Saibalá trabalha desse modo. “Monitoramos a frequência dos alunos no site, o andamento do curso e fazemos réguas de ativação de e-mails para manter o contato e interesse. Ao concluir as aulas, sugerimos um projeto final, para que o aluno coloque em prática o que aprendeu. E ele só consegue baixar o certificado caso tenha assistido 100% das aulas e compartilhado um projeto no site”, destaca o CEO da empresa, Tomás Konigsberger.

Diferentemente de cursos on-line de graduação e pós-graduação, em que um professor-tutor acompanha o processo de aprendizagem do aluno do início ao fim, os cursos livres não precisam ter tutoria. “Pode haver apenas um monitor para mediar os fóruns onde os próprios alunos trocam experiências dentro do ambiente virtual de aprendizagem”, explica Marcelo Botelho.

Plataforma

Marcelo Botelho também ressalta a importância de “uma plataforma LMS (Learning Management System), que disponibiliza o conteúdo, oferece segurança no acesso, permite a visualização de estatísticas de uso, entre muitos outros aspectos necessários à implementação e sustentação do curso”.

As ferramentas que compõem esses ambientes geralmente são organizadas em três grupos básicos: autoria, administração e uso dos alunos. O empreendedor precisa sempre ficar atento à manutenção da segurança dos dados de cada um desses grupos para garantir tranquilidade e otimizar a experiência de todos os envolvidos no projeto.

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