Economia
04/04/2017Confiança do comerciante alcança 98,4 pontos em março, maior patamar desde 2015
Indicador cresceu 6,1% na comparação com fevereiro e 29,7% em relação a março de 2016
Na comparação anual, tanto pequenas como grandes empresas registraram crescimento na confiança no mês
(Arte/TUTU)
Após dois meses consecutivos de queda, motivada principalmente por aspectos sazonais, os empresários se mostraram mais confiantes em março. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) registrou alta de 6,1% ao passar de 92,7 pontos em fevereiro para 98,4 pontos no mês - maior patamar desde janeiro de 2015. Na comparação com o mesmo mês de 2016, o crescimento foi ainda maior, de 29,7%. Apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o ICEC varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
De acordo com a pesquisa, o ICEC das empresas com até 50 funcionários cresceu 6,4%, passando dos 92,2 para 98,1 pontos em março. Já nas grandes companhias com mais de 50 empregados houve queda de 3,1%, quando o índice passou dos 113,1 pontos em fevereiro para 109,5 pontos no mês - porém, ainda se mantém no patamar de otimismo, acima dos 100 pontos. Na comparação anual, tanto pequenas como grandes empresas registraram crescimento na confiança em março, 29,9% e 20,7%, respectivamente.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, tradicionalmente, as grandes empresas se mantém mais confiantes do que as pequenas, com diferencial positivo de confiança menor neste mês, mas considerando que as grandes empresas são uma parte menor da amostra, os dados tendem a ser mais voláteis mesmo.
Indicadores
Os três quesitos que compõe o ICEC registraram resultados positivos na passagem de fevereiro para março. As avaliações dos empresários no que diz respeito às condições econômicas atuais foi o quesito que mais influenciou no resultado do indicador. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) foi o que apresentou maior crescimento no mês, com alta de 14,2% ao passar de 59,7 em fevereiro para 68,2 pontos em março, e elevação de 67,2% na comparação interanual. Já o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) avançou 4,8% ao passar de 140,1 em fevereiro para 146,8 pontos em março e, no comparativo anual, o índice registrou alta de 26,0%. Por fim, o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) subiu 2,3%, passando de 78,2 em fevereiro para 80,0 pontos em março e 14,0% na comparação com o mesmo mês de 2016.
De acordo com a FecomercioSP, após oito altas consecutivas (entre maio e dezembro do ano passado), o ICEC caiu em janeiro e fevereiro, porém, isso já era esperado por conta da sazonalidade do período, que sucede as festas de fim de ano, férias e carnaval, em que sempre há um ajuste nas perspectivas de contratação e investimento. Passado esse período, o ICEC voltou a subir, atingindo a maior pontuação desde janeiro de 2015, e se aproxima novamente do patamar de satisfação (100 pontos).
A queda da inflação e a gradual retração dos juros, segundo a Entidade, influenciaram as expectativas e o ânimo dos empresários. Para a Federação, após o primeiro semestre deste ano tudo indica que pode haver um processo de recuperação mais consistente do lado real da economia e com isso uma retomada mais sustentável da confiança de empresários e consumidores, já na segunda metade de 2017.
Todos os direitos patrimoniais relativos ao conteúdo desta obra são de propriedade exclusiva da FECOMERCIO-SP, nos termos da Lei nº 9.610/98 e demais disposições legais aplicáveis à espécie. A reprodução total ou parcial é proibida sem autorização.
Ao mencionar esta notícia, por favor referencie a mesma através desse link:
www.fecomercio.com.br/noticia/confianca-do-comerciante-alcanca-98-4-pontos-em-marco-maior-patamar-desde-2015
Notícias relacionadas
-
Legislação
Parcelamento do ICMS: medida apoia finanças do empresário
Medida é importante para auxiliar empresários a equilibrar as finanças de fim e de começo de ano
-
Economia
Ânimo dos empresários com vendas do final do ano cresce
EconomiaCrise habitacional exige planejamento e investimentos
EconomiaBrasil deve resolver gargalos profissionais e produtividade