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Imprensa

Confiança do consumidor atinge menor patamar desde março de 2009

Índice do primeiro mês de 2014 chegou a 131,7 pontos, uma queda de 17,9% em relação ao mesmo período do ano passado

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São Paulo, 20 de janeiro de 2014 - A percepção de que o custo de vida deve subir significativamente em 2014 abalou a confiança do consumidor paulistano já no começo do ano. Inflação crescente, aumento de gastos com impostos, reajuste de combustível e tendência de baixa expansão da renda e da economia são os principais fatores que mais têm ameaçado o otimismo das famílias paulistanas em relação à economia no começo deste ano.  Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 17,9% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O indicador passou de 160,6 para 131,7 pontos, o menor patamar desde março de 2009, quando o indicador marcava 128,95 pontos. O indicador, apurado mensalmente pela Federação, possui escala que varia entre zero- pessimismo total - e 200 pontos - otimismo total.
 
Em relação a dezembro, a confiança do consumidor recuou 3,5%. Em dezembro de 2013, o indicador registrava 136,6 pontos. A maior queda ocorreu no Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA), que compõe o ICC. Entre dezembro e janeiro, o ICEA passou de 138,2 pontos para 130,2 pontos, o que representa recuo de 5,8% no período. Na base anual, a queda é mais acentuada, de 16,6%. Em janeiro de 2013, o índice marcava 156,1 pontos. Em relação às perspectivas futuras, o cenário não é diferente. O Índice de Expectativa do Consumidor (IEC) caiu 2% entre dezembro e janeiro, para 132,8 pontos. Na comparação com o primeiro mês de 2013, quando o indicador marcava 163,5 pontos, o índice recuou 18,8%.
 
As famílias que ganham menos de dez salários mínimos são as mais pessimistas em relação ao cenário econômico atual. Em um ano, o ICEA dessa faixa de renda apresentou variação negativa de 17,3%, partindo de 158,1 pontos em janeiro de 2013 para 130,7 pontos no primeiro mês de 2014.
 
Metodologia
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela Fecomercio desde 1994. Os dados são coletados junto a cerca de 2.100 consumidores no município de São Paulo. O objetivo da pesquisa é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. 
 
Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de 0 (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas. 
 
A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 90, a equipe econômica da Fecomercio adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no país, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.
 

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