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29/06/2014Confiança do consumidor atinge pior patamar desde outubro de 2003, aponta FecomercioSP
Indicador passou de 109,5 para 107,4 pontos, mantendo série de variações negativas iniciada em março
São Paulo, 30 de junho de 2014 - A confiança dos paulistanos atingiu, em junho, o pior patamar desde outubro de 2003. Ao cair 1,9%, para os 107,4 pontos, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), ficou mais perto da zona de pessimismo - abaixo dos cem pontos. Desde fevereiro, quando chegou aos 136,4 pontos, o indicador tem apresentado tendência de queda, com quatro variações negativas seguidas. Na comparação com junho do ano passado (145 pontos), o ICC despencou 26%.
Para os economistas da FecomercioSP, inflação elevada, modestos ganhos de renda e juros mais altos continuam a prejudicar o orçamento doméstico das famílias da cidade de São Paulo. Esse quadro, além de fazer com que a percepção da economia em geral seja ruim, tem contribuído para frear perspectivas favoráveis sobre o futuro próximo.
De maio para junho, foi mantido apenas o índice para paulistanos com remuneração inferior a dez salários mínimos: 110,6 pontos. Para todas as demais segmentações, a confiança diminuiu no período. Entre os destaques negativos ficaram os que ganham a partir de dez salários mínimos, cujo indicador caiu 6,2% aos 100,5 pontos; as mulheres, com redução do otimismo aos 101,1 pontos, após baixa de 3,5%; e as pessoas com 35 anos ou mais, que também diminuíram a confiança em 3,5%, atingindo a marca de 100,2 pontos (neutralidade).
Os dois subindicadores do ICC apresentaram queda no mês. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que apura a satisfação dos consumidores com a situação momentânea, caiu 0,8% aos 110,9 pontos. Comportamento pior registrou o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), que mede as projeções para os próximos meses e, no período, baixou aos 105 pontos, com variação de -2,7%.
Metodologia
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores do município de São Paulo. O objetivo da pesquisa é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.
Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.
A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.
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