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Imprensa

Confiança do consumidor paulistano caiu 9% em relação a abril

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São Paulo, 28 de maio de 2014 - Seguindo tendência apresentada em abril, a confiança do consumidor paulistano continua em queda. De acordo com a última aferição do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), o indicador caiu 9% este mês, passando de 120,2 pontos em abril para 109,5 em maio. A queda é ainda maior (25%) se comparada com maio de 2013, quando o ICC registrou 146 pontos. Está é a maior queda desde o inicio da série, em junho de 1994. De maio de 2013 a maio deste ano, a retração foi de 36,5 pontos. O indicador, medido mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), demonstra a percepção das pessoas sobre a situação econômica e serve como base para novos investimentos pelo setor produtivo. Varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

Na análise da Federação, um dos principais motivos que faz o indicador ceder mês após mês é a persistência da inflação, que corrói o poder de compra das famílias e reduz o orçamento para novas aquisições. Variáveis como a política fiscal e a elevação de juros também contribuem para o cenário negativo. Para os próximos meses, porém, é possível que ocorra a estabilidade do indicador nos atuais patamares. 

O ICC é obtido a partir de dois índices, que também apresentaram queda. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que aponta a satisfação dos consumidores com o momento atual, caiu 11,9% - 111,8 pontos em maio contra 126,9 em abril. Já as expectativas dos consumidores em relação à situação futura, medidas pelo Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), registraram retração de 6,8% - 107,9 pontos em maio contra 115,8 em abril. 

Todos os quesitos que compõem o índice registraram queda em maio. No ICEA, o segmento que contribuiu com a maior variação negativa foi o dos consumidores com renda superior a 10 salários mínimos. Neste item, a queda foi de 16,3%, ao passar de 126,5 pontos em abril para 105,9 em maio. 

Com relação ao IEC, destaca-se a perda de confiança do público masculino e daqueles consumidores com idade inferior a 35 anos - que registraram respectivamente: queda de 7,8% ao passar de 121,1 em abril para 111,6 pontos em maio, e baixa de 7,7% ao passar de 120,3 em abril para 111,0 pontos em maio. 


Metodologia

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela Fecomercio desde 1994. Os dados são coletados com cerca de 2.100 consumidores no município de São Paulo. O objetivo da pesquisa é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. 

Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de 0 (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas. 

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 90, a equipe econômica da Fecomercio adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no país, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.

Sobre a FecomercioSP

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Responsável por administrar, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes e congrega 155 sindicatos patronais que respondem por 11% do PIB paulista - cerca de 4% do PIB brasileiro -, gerando em torno de cinco milhões de empregos.

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