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Imprensa

Consumidor paulistano termina o ano pessimista e confiança cai 20%

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São Paulo, 17 de dezembro de 2015 - O ano de 2015 ficou marcado pelo fato de a confiança de consumidores e empresários entrar na zona de pessimismo pela primeira vez desde 2002. Por causa das crises econômica e política, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), encerrou o ano com 87,2 pontos, queda de 22,8% em relação a dezembro de 2014, quando registrou 113 pontos. Já no comparativo mensal, o indicador apresentou alta de 1,9% sobre os 85,6 pontos registrados em novembro. Assim, no ano, o ICC registrou uma média de 94,4 pontos (a menor desde 2002), valor 19,9% inferior à média de 117,9 pontos registrada em 2014.
 
Segundo a Entidade, a piora na percepção das condições econômicas atuais foi a principal responsável para que o consumidor encerrasse o ano pessimista. Para a Federação, o resultado reflete principalmente a deterioração da renda, a inflação elevada, a preocupação crescente com o desemprego e o crédito mais caro e restrito. A instabilidade política também explica o recuo do indicador.
 
O Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA), um dos componentes do ICC, encerrou o ano com queda de 46,7%, marcando 57,9 pontos, ante 108,7 em dezembro de 2014. Em relação a novembro - quando registrou 54,3 pontos -, houve alta de 6,7%. Com isso, no ano, o ICEA registrou uma média de 76,9 pontos, valor 34,4% inferior à média de 117,3 pontos registrada em 2014.
 
Já o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), o outro componente do ICC, apesar da queda anual de 7,9%, terminou o ano acima dos cem pontos. Em dezembro, o indicador registrou 106,6 pontos, com ligeira alta de 0,2% em relação aos 106,4 pontos de novembro. Com isso, no ano, o IEC registrou uma média de 106 pontos, valor 10,4% inferior à média de 118,3 pontos registrada em 2014. 
 
Gênero, idade e renda
Entre todos os segmentos analisados pela pesquisa, os consumidores com mais de 35 anos foram os que encerraram 2015 mais pessimistas: o ICC deles marcou 81,4 pontos em dezembro, ante 82 pontos em novembro e 107,2 pontos em dezembro de 2014.
 
Os menos pessimistas foram os consumidores com renda familiar superior a dez salários mínimos: ICC de 93 pontos em dezembro, ante 87,6 pontos em novembro e 108,5 pontos em dezembro de 2014.
O maior recuo anual da confiança, por sua vez, foi observado entre os consumidores com renda inferior a dez salários mínimos: o ICC deles apresentou queda de 26,6% na comparação com dezembro de 2014.
 
As mulheres, por fim, encerraram o ano mais pessimistas do que os homens: o ICC delas ficou em 82,5 pontos em dezembro, contra 91,9 pontos no caso deles.
 
Para a FecomercioSP, o pessimismo do consumidor paulistano, que deve resultar em vendas mais fracas no fim do ano, ainda deve continuar pelos próximos meses - enquanto não houver um projeto consistente de ajuste da economia brasileira.
 
Metodologia
O ICC é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. 
 
Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.
 
A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.

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