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Negócios

Eletrônicos ou tradicionais, leilões são oportunidade de bons negócios

Versões eletrônicas dominam o segmento por permitir a participação a partir de qualquer lugar do País

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Eletrônicos ou tradicionais, leilões são oportunidade de bons negócios

Com informações de Guilherme Meirelles

Em leilões é possível adquirir desde apartamentos e casas, automóveis de luxo, equipamentos, até eletroeletrônicos e roupas, tudo com preços abaixo do praticado no mercado. Os tradicionais leilões presenciais, em que os lances são dados ao vivo, ainda resistem, mas as versões eletrônicas já dominam o segmento por permitir que os participantes estejam em qualquer lugar do País.

Além dos preços inferiores à média, a aquisição de bens em leilões representa uma garantia, tanto para quem compra, como para quem o vende. No Brasil, os leilões estão regulamentados desde 1932, por meio da Lei nº 21.981/1932, que garante a idoneidade do leiloeiro – não pode ser comerciante, sócio de empresas ou ter antecedentes criminais. Para ser um leiloeiro, não é necessário ter curso superior ou formação específica. Ao profissional, basta ser habilitado pela Junta Comercial de seu Estado, que estabelece os critérios conforme a demanda da região. “É algo que está no sangue, precisa nascer com o dom da venda, gostar de se comunicar com o público, saber expor um produto, motivar o interessado e buscar vendê-lo”, afirma Moacir De Santi, um dos oito leiloeiros da Sodré Santoro, a maior organização leiloeira de veículos do Brasil.

Segundo De Santi, a Sodre Santoro leiloa diariamente cerca de 250 veículos, que vão desde sofisticados modelos Jaguar e Lamborghini, até sucatas de seguradoras, normalmente vendidas para comerciantes de peças usadas. “A principal recomendação é ver o veículo antes do leilão e tomar conhecimento de eventuais débitos de multa e IPVA. O carro é leiloado sem garantias e o comprador deve calcular antes os custos com transferência, taxas e eventuais reparos. Muitas vezes, é preciso trazer um guincho, já que são carros que ficam parados por até três meses”, adverte De Santi.

No mercado leiloeiro, sejam eles judiciais ou empresariais, o pagamento é sempre à vista, com comissão de 5% ao leiloeiro. Um negócio só é desfeito, segundo De Santi, no caso de veículos, caso a descrição no edital do bem a ser leiloado não tenha apontado um defeito grave de motor, câmbio ou diferencial, por exemplo.

Leilões modernos

Ainda se encontra o tradicional modelo de leilões de auditório, mas, desde 2009, o que prevalece são os eletrônicos, em que o ofertante pode acompanhar online o leilão e ofertar o seu lance por meio de um simples toque na tecla de uma plataforma segura. Do outro lado a tela, o leiloeiro acompanha as ofertas em tempo real e informa o público no auditório. Em casos de leilões de imóveis, o leilão é aberto com alguns dias de antecedência e o interessado pode comparecer presencialmente na data final.

Segundo a advogada Fabiana Lopes Pinto, do escritório Lopes Pinto, Magasse Advogados, a adoção do sistema eletrônico está presente em praticamente 100% dos leilões judiciais – aqueles em que o juiz decide que um bem será leiloado como forma de alienação. “Antes, de 100 imóveis, 90 não eram arrematados e tinham de ir a novos leilões. Pelo sistema eletrônico, 60% são resolvidos amigavelmente antes da data, e dos 40% restantes, 80% são vendidos”, afirma.

Boas oportunidades

Para o economista Samy Dana, consultor de finanças pessoais e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), o aquecimento do mercado de leilões pode estar associado ao período de baixo crescimento econômico. “Épocas de crise estimulam as pessoas e as empresas a buscarem novos negócios e opções de captação de recursos. No geral, o brasileiro tem o hábito de acumular produtos ou então jogá-los fora”, diz.

Dana considera a legislação brasileira extremamente segura, mas aconselha cautela para aqueles que não estão familiarizados com a operação. “É recomendável que a pessoa que queira revender os bens arrematados conheça o mercado e já tenha canais de distribuição. Com isso, checar minuciosamente o bem. No caso de um imóvel, procurar visitar o local. Caso ainda esteja ocupado, conhecer a região e as proximidades”, aconselha.

Confira a reportagem na íntegra, publicada na revista Conselhos.

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