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Imprensa

Endividamento dos paulistanos cai em fevereiro

Pesquisa da FecomercioSP revela que 50,9% das famílias da cidade de São Paulo tinham algum tipo de dívida no mês passado

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São Paulo, 13 de março de 2014 – A quantidade de famílias paulistanas endividadas caiu 7%, de 1,963 milhão em janeiro para 1,825 milhão em fevereiro. Na comparação com fevereiro de 2013, no entanto, quando foram estimadas 1,826 milhão de famílias com algum tipo de dívida, houve relativa estabilidade. Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo. A queda mensal no indicador aconteceu após alta de 3,5%, registrada entre dezembro e janeiro.

Em relação ao número total de domicílios da capital paulista, a quantidade de famílias endividadas representou 50,9% em fevereiro. Trata-se de idêntico porcentual registrado no mesmo mês do ano passado e o mais baixo das últimas 12 pesquisas, cujos picos, de 57,1%, foram constatados em março e em abril. Em termos proporcionais, para fevereiro de 2014, as famílias de menor renda foram as de maior nível de endividamento. Enquanto entre as que ganham mais de dez salários mínimos 37,7% estavam endividadas, entre as de renda mensal de até dez salários mínimos, o porcentual de famílias com contas para pagar foi de 55,4%.

Entre os paulistanos com dívidas, 37,1% afirmaram ter prazo médio de comprometimento de renda por mais de um ano. Não quiseram responder à pergunta 4,1% dos entrevistados. O restante se dividiu em proporções semelhantes: 21,3% disseram ter renda comprometida entre três e seis meses; 19,9% em até três meses; e 17,6% entre seis meses e um ano.

Tipos
O cartão de crédito continua sendo a principal forma de dívida dos paulistanos. Mais de dois terços do total de famílias endividadas (69,1%) revelaram ter faturas para pagar. O ranking por tipo de contas é composto ainda por financiamento de automóveis (18,7%), carnês de lojas (16,2%), financiamento de imóvel residencial (13,1%), crédito pessoal (11%), cheque especial (7,8%) e crédito consignado (4,2%).

Para a Federação, o alto nível de utilização do cartão de crédito é devido à expansão do consumo das classes C, D e E nos últimos anos. Mesmo sem contas bancárias, os consumidores têm acesso a essa modalidade de pagamento de compras, que possibilita ainda o parcelamento de dívidas.

Atrasos
Assim como o número de famílias endividadas caiu, houve retração no total daquelas com contas em atraso, passando de 530 mil, em janeiro, para 517 mil, em fevereiro. Uma queda de 2,5% no período. Entre elas, 44,5% possuíam contas vencidas há pelo menos 90 dias; 19,2% entre 30 e 90 dias; e 33,8% por até 30 dias. As demais, 2,5%, não informaram o tempo de dívidas vencidas.

Também foi registrado recuo na quantidade de famílias que disseram não acreditar na capacidade de pagar total ou parcialmente suas contas no próximo mês. A variação negativa foi de expressivos 24,6%, diminuindo de 167 mil, em janeiro, para 126 mil, em fevereiro. Menor patamar desde janeiro de 2012, quando foi apurado que 113 mil se encontravam nessa condição.


Nota metodológica
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. A partir de 2010, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) comprou a pesquisa da FecomercioSP, que passou a analisar os dados nacionalmente. A Federação continua divulgando os dados de São Paulo, alinhados com a data de divulgação da PEIC nacional pela CNC. Na capital são entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores.

O objetivo da PEIC é diagnosticar o nível de endividamento e de inadimplência do consumidor. A partir das informações coletadas, são apurados importantes indicadores: nível de endividamento, porcentual de inadimplentes, intenção de pagar dívidas em atraso e nível de comprometimento da renda. Tais indicadores são observados considerando-se três faixas de renda e duas faixas de idade, distinguindo-se entre homens e mulheres.

A pesquisa permite o acompanhamento do nível de comprometimento do comprador com as dívidas e sua percepção em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos.

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