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Economia

FecomercioSP considera saque das contas inativas do FGTS favorável para aquecimento da economia

Saque do benefício vai injetar mais de R$ 40 bilhões na economia, que serão usados predominantemente para pagar dívidas e para consumo, aponta a Federação

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FecomercioSP considera saque das contas inativas do FGTS favorável para aquecimento da economia

O aporte provenientes dessas contas inativas representa mais de 2,5% de todo volume de faturamento do varejo ou do volume de crédito para a pessoa física no Brasil (PixAbay) 

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) avalia positivamente a possibilidade de os trabalhadores sacarem seus recursos de contas inativas do FGTS, aprovada pelo Governo em dezembro passado. O acesso a esses recursos, segundo os estudos mais recentes, vai atingir mais de 10 milhões de trabalhadores e colocar em circulação pouco mais de R$ 40 bilhões na economia, que, segundo a Entidade, serão utilizados predominantemente para pagamento de dívidas e para o consumo. 

A medida dá seguimento a uma série de ações governamentais que visam desafogar a economia nacional, sem comprometer a receita da União no futuro. Neste sentido, o saque das contas inativas do FGTS segue a mesma linha de raciocínio, pois não compromete o equilíbrio do próprio Fundo, uma vez que serão usados recursos que pertencem aos trabalhadores, mas que não recebem novas movimentações há pelo menos três anos. Segundo a Federação, o efeito desta medida não é desprezível, dado que o volume de recursos é de quase 0,7% do PIB, e maior, por exemplo, do que o Bolsa Família. Não gerando impacto fiscal e nem desequilíbrio de qualquer natureza. 

Para se ter uma ideia da força da medida, o faturamento anual do Varejo no Brasil é hoje de pouco mais de R$ 1,5 trilhão e o volume de crédito total hoje disponibilizado para as pessoas físicas também beira os R$ 1,5 trilhão. Dessa maneira, o aporte de R$ 40 bilhões na economia provenientes dessas contas inativas representa mais de 2,5% de todo volume de faturamento do varejo ou do volume de crédito para a pessoa física no Brasil. O trabalhador que sacar seus recursos inativos (que em quase 90% dos casos são inferiores à R$ 3.500) poderá incrementar suas compras ou quitar dívidas. 

De acordo com a FecomercioSP, o volume de dinheiro é relevante e atinge muitos trabalhadores, o que torna a medida muito positiva no sentido de, gradativamente, ativar a economia, por vias diretas, e ao mesmo tempo sem efeitos negativos. De qualquer modo, a medida será benéfica ao comércio já que o consumidor terá recursos para aquisição de bens ou serviços, ou para quitar dívidas antigas, limpar o nome e, assim, equilibrar seu orçamento. Vale ressaltar que essa iniciativa não gera aumento de gastos do governo ou desequilíbrios econômicos, e não privilegia um ou outro grupo de pessoas.

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