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Sindicatos

FecomercioSP e Sincofarma alertam empresas do varejo para um cenário econômico desafiador em 2025

Perspectivas foram apontadas em encontro com lideranças empresariais do setor

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 FecomercioSP e Sincofarma alertam empresas do varejo para um cenário econômico desafiador em 2025
Ivo Dall’Acqua, presidente em exercício da FecomercioSP, participa da reunião regional do CCV ao lado dos presidentes do Sincofarma, Natanael Costa, do Sincomavi, Reinaldo Correa, e do CCV, Gisela Lopes (Crédito: divulgação)

O cenário econômico nacional em 2025 aponta para um período desafiador aos empresários do comércio varejista. Apesar dos números positivos registrados no acumulado do ano passado, a inflação acima do teto da meta e o ciclo de alta da taxa Selic devem levar a uma desaceleração gradual da economia ao longo dos próximos meses. Os dados positivos refletem uma realidade diferente da performance das empresas. Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB), com crescimento de 3,4%, melhor desempenho desde 2021, contrasta com o número recorde de pedidos de recuperação judicial e falência. Toda essa conjuntura foi debatida durante encontro regional, realizado no dia 13 de março, no Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sincofarma/SP). 

O evento — que teve como anfitrião o presidente do Sincofarma, Natanael Aguiar Costa — contou com a participação do presidente em exercício da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Ivo Dall’Acqua Júnior, bem como dos assessores Jaime Vasconcellos e Paulo Igor, ambos também da Entidade, e da presidente do Conselho do Comércio Varejista (CCV) da Federação, Gisela Lopes. Além do Sincofarma, estiveram presentes representantes de seis sindicatos patronais pertencentes à Câmara Regional Capital do CCV: Sincovaga, Sindilojas São Paulo, Sindiflores, Sincopeças, Sincomavi e Sicopneus.

Para a assessoria da FecomercioSP, os pilares do avanço do PIB de 2024 estão calcados na alta da geração de emprego, atingindo quase 1,7 milhão de vagas; no aumento da concessão de crédito das famílias (12,9%); na baixa do saldo nas poupanças; na injeção dos recursos provenientes do pagamento de precatórios; e no impulsionamento pelos gastos do governo federal. Esses fatores alavancaram o consumo da população, mas sem qualquer mudança estrutural relevante que tenha propiciado um crescimento sustentável da economia brasileira a longo prazo. 

“Crédito mais elevado significa endividamento familiar mais alto, consumo da poupança e redução das reservas econômicas, e os elevados gastos do governo geram desequilíbrio fiscal. Esses fatos até podem contribuir para um crescimento da economia no curto prazo, mas também ajuda na criação de cenário de pressão inflacionária, que gera a necessidade da elevação dos juros. Portanto, ainda que haja um bom desempenho do mercado de trabalho, o crescimento da renda das famílias pode ser insuficiente para a percepção de uma melhor qualidade de vida das pessoas, que sentem o orçamento apertado pelas dívidas e a renda com um menor poder de compra”, pondera Vasconcellos, assessor econômico da FecomercioSP.

Os dados apontam para um crescimento menor da economia em 2025, com projeções para o PIB oscilando entre 1,8% e 2,4%. A desaceleração está associada ao aumento da taxa Selic, que encarece o crédito tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, desestimulando o consumo. Também há uma inflação persistente e um menor crescimento projetado do mercado de trabalho. Por fim, também se espera um menor impacto de estímulos fiscais, que complementam esse quadro de desaceleração. De acordo com o boletim Focus, do Banco Central (Bacen), projeções feitas em 3 de janeiro indicavam IPCA de 4,99% para este ano. Cerca de dois meses depois (14 de março), as previsões do documento chegaram a 5,66% para o mesmo período.

Empresários devem ter cautela

Diante dessa perspectiva, o Sincofarma recomenda uma certa dose de cautela aos empresários para fazer investimentos e formar estoque. Além disso, alerta os empresários que pretendem recorrer aos bancos — os juros das principais linhas de crédito estão mais elevados e devem continuar a crescer. “Nesse contexto, as empresas do setor precisarão ajustar as estratégias para manter a competitividade e preservar margens em um possível cenário de menor crescimento em 2025”, afirma Costa, presidente do Sincofarma.

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