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18/12/2014Gastos com alimentação em casa pesam no bolso dos paulistanos
São Paulo, 19 de dezembro de 2014 – O custo de vida na região metropolitana de São Paulo (RMSP) teve alta de 0,36%, em novembro, na comparação com outubro, de acordo com o Índice de Custo de Vida por Classe Social (CVCS). A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador apontou acréscimo de 5,23%, nos preços médios em 2014, e aumento de 6,18% nos últimos 12 meses. O índice foi puxado principalmente pela elevação dos custos com alimentação e bebidas, que subiram 0,96%.
A pesquisa mostra ainda que se alimentar em casa ficou 1,34% mais caro em novembro do que em outubro. Já os gastos com alimentação fora da residência subiram 0,57% no comparativo mensal, e acumularam alta de 10,41% nos últimos 12 meses. As despesas com habitação e saúde também contribuíram para o aumento do custo de vida na RMSP, com elevação de 0,36% e de 0,46%, respectivamente. A soma dos três segmentos (alimentação/bebidas, habitação e saúde) representa pouco mais da metade de todo o CVCS no mês.
Dos nove grupos de atividades que compõem o índice, somente artigos do lar encerrou o mês com variação negativa (-0,68%). Já os itens que apresentaram os menores aumentos foram educação, com alta de 0,04%, e transporte, com 0,07%.
Com relação às faixas de renda, a classe que mais sentiu o aumento do custo de vida foi a D (0,43%) – a maior alta entre todas as classes avaliadas – em razão da elevação do grupo alimentos e bebidas (1,05%), que representa 30% do orçamento das famílias. Já a classe B foi a que menos sentiu a alta dos preços (0,29%).
IPV e IPS
A pesquisa da FecomercioSP analisa separadamente a alta de preços de produtos por meio do Índice de Preços do Varejo (IPV) e de serviços por meio do Índice de Preços de Serviços (IPS). Os preços dos produtos subiram 0,40%, puxados pelo grupo alimentação e bebidas, com elevação de 1,23%. Os destaques ficaram por conta do aumento dos preços dos itens: contrafilé (4,82%), batata inglesa (28,91%), tangerina (12,13%), cenoura (11,54%), pera (10,30%), cebola (5,59%) e mamão (4,63%).
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a alta nos preços dos alimentos se deve principalmente à escassez hídrica – cenário que não deve ser revertido em um curto espaço de tempo.
No índice que avalia os preços dos serviços, o aumento em novembro foi de 0,31%, com destaque para habitação (0,47%), alimentos e bebidas (0,57%) e saúde e cuidados pessoais (0,70%). Entre os subgrupos, é importante pontuar o desempenho verificado em conserto de automóvel (4,51%), pintura de veículo (3,61%), cabeleireiro (3,16%), boate e danceteria (2,88%) e tratamento de animais (2,08%).
Metodologia
O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), utilizam informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contemplam as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços e o IPV, 181 produtos de consumo.
As faixas de renda variam de acordo com os ganhos familiares: até R$ 976,58 (E); de R$ 976,59 a R$ 1.464,87 (D); de R$ 1.464,88 a R$ 7.324,33 (C); de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23 (B); e acima de R$ 12.207,24 (A). Esses valores foram atualizados pelo IPCA de janeiro de 2012. Para cada uma das cinco faixas de renda acompanhadas, os indicadores de preços resultam da soma das variações de preço de cada item, ponderadas de acordo com a participação desses produtos e serviços sobre o orçamento familiar.
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