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Imprensa

Índice de Consumo das Famílias segue trajetória de queda e recua 36,2% em 12 meses

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São Paulo, 07 de outubro de 2015 - Em setembro, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou a décima primeira retração consecutiva e atingiu mais uma vez a menor pontuação da série histórica, iniciada em janeiro de 2010: 69,8 pontos, queda de 0,3% na comparação mensal. No comparativo com o mesmo mês de 2014 (109,4 pontos), a retração foi ainda mais expressiva e atingiu 36,2%.

O índice é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos significa insatisfação e, acima de cem pontos, satisfação em relação às condições de consumo.

É o segundo mês consecutivo em que os setes componentes do ICF estão abaixo dos 100 pontos, o que demonstra insatisfação com o emprego, renda e consumo. Entre os itens que compõe o indicador, Acesso a Crédito apresentou a maior variação mensal negativa e passou de 76,7 pontos em agosto para 74 em setembro, queda de 3,5%. Os itens Nível de Consumo Atual e Perspectiva de Consumo também apresentaram queda e atingiram 46,4 e 49,8 pontos, respectivamente.

A dificuldade de conseguir crédito, aliada à restrição de renda e ao futuro incerto da economia, complica o cenário do item Momento para Duráveis, que, embora tenha registrado leve alta de 1,5%, no comparativo mensal e atingindo 45,1 pontos, na comparação anual foi o que mais caiu: -51,8%.

A pesquisa mostra que os paulistanos também estão cada vez menos satisfeitos com seu nível de renda e emprego. Os itens Renda Atual e Emprego Atual caíram 0,8% e 0,7%, respectivamente, ante agosto, atingindo no mês 83,4 e 96,1 pontos. Por outro lado, a Perspectiva profissional, apesar da variação positiva de 3,7%, atingiu 93,6 pontos.

Segundo a assessoria econômica da Federação, o resultado revela uma continuidade da insatisfação do paulistano com a situação socioeconômica do País. A intenção de consumo 36,2% menor que a do ano passado é reflexo de uma inflação próxima de 10% e do desemprego subindo, o que deixa as famílias cada vez mais preocupadas e insatisfeitas, pois não conseguem ver um horizonte de melhora.

Para a FecomercioSP, a expectativa é que o indicador continue com tendência de queda, o que deve piorar ainda mais as projeções, já negativas, para o desempenho das vendas no final de ano.

Renda

A análise por faixa de renda deste mês revela que o ICF em ambas as classes está abaixo dos 100 pontos, no patamar de insatisfação, portanto. Enquanto, entre as famílias que ganham acima de 10 salários mínimos, o indicador atingiu pontuação de 68,3, alta de 0,7% em relação a agosto, no caso das com renda mais baixa ele registrou queda de 0,6% e atingiu 70,3 pontos.

Metodologia

O ICF é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego atual; Perspectiva profissional; Renda atual; Acesso ao crédito; Nível de consumo atual; Perspectiva de consumo; e Momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório e acima de cem pontos é denotado como satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, com base no ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias e para as instituições financeiras.

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