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Imprensa

Melhora a confiança dos consumidores paulistanos em fevereiro

Um mês após atingir menor patamar desde março de 2009, Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avança 3,5%

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São Paulo, 27 de fevereiro de 2014 – A maior satisfação dos paulistanos em relação à situação econômica do momento, bastante impactada pela entrada em vigor do reajuste do salário mínimo, contribuiu para a elevação do Índice de Confiança do Consumidor (ICC). Em fevereiro, o indicador chegou a 136,4 pontos, avançando 3,5% em relação ao mês anterior, quando foi registrado um índice de 131,7 pontos, menor nível desde março de 2009. Frente aos 165,8 pontos de fevereiro de 2013, no entanto, houve significativa queda, de 17,8%, evidenciando uma piora de percepção das condições econômicas em um ano e a consequente deterioração da confiança dos moradores da capital paulista.

O ICC, que varia em uma escala de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total), é apurado mensalmente há cerca de 20 anos pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Compõem o indicador, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e o Índice das Expectativas do Consumidor (IEC).

De acordo com a Entidade, ao mesmo tempo em que ampliaram a percepção em relação ao presente, com aumento do ICEA em 9,5%, no comparativo mensal, os paulistanos se mantiveram reticentes sobre o futuro - demonstrado por um leve recuo de 0,4% no IEC. Já quando analisados os resultados de fevereiro de 2014 frente aos do mesmo mês do ano passado, ambos caíram: -14,1% e -20,2%, respectivamente.

Em todas as segmentações (renda, gênero e faixa etária) o Índice de Confiança do Consumidor aumentou entre janeiro e fevereiro. Destaques positivos para as variações do indicador entre os paulistanos a partir de 35 anos (+7,7%), entre as pessoas com renda inferior a dez salários mínimos (+4,8%) e entre as mulheres (+4,7%). Da mesma forma, no comparativo anual, houve queda em todos os estratos, sendo as maiores entre a população com renda a partir de dez salários mínimos (-23,3%), entre as mulheres (-20,7%) e entre os moradores da capital com menos de 35 anos (-20,5%).

Metodologia

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela Fecomercio desde 1994. Os dados são coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo da pesquisa é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.

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