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Economia

Pequenas e médias empresas são as maiores vítimas dos crimes cibernéticos

Falta de políticas públicas que ofereçam segurança aos negócios nacionais gera prejuízos e atrapalha a economia

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Caio Lima, consultor de proteção de dados da FecomercioSP, destacou os desafios para amparar as empresas Caio Lima, consultor de proteção de dados da FecomercioSP, destacou os desafios para amparar as empresas
De acordo com dados do Gabinete de Segurança Institucional, o impacto dos crimes cibernéticos chega a R$ 1,5 trilhão De acordo com dados do Gabinete de Segurança Institucional, o impacto dos crimes cibernéticos chega a R$ 1,5 trilhão
Andriei Gutierrez fez uma breve análise sobre o perfil de quem comete crimes Andriei Gutierrez fez uma breve análise sobre o perfil de quem comete crimes
Caio Lima, consultor de proteção de dados da FecomercioSP, destacou os desafios para amparar as empresas
De acordo com dados do Gabinete de Segurança Institucional, o impacto dos crimes cibernéticos chega a R$ 1,5 trilhão
Andriei Gutierrez fez uma breve análise sobre o perfil de quem comete crimes

O crescimento de ataques cibernéticos e a possível criação de um Marco Legal para a Segurança Cibernética voltaram à mesa para mais uma discussão em Brasília (DF). A ação criminosa digital afeta, principalmente, os médios e os pequenos empresários que buscam segurança para continuar os próprios empreendimentos. 

De acordo com Caio Lima, consultor de proteção de dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o desafio é oferecer amparo a empresas com pouco capital para investir nesse segmento. “Quando falamos de segurança da informação, é importante termos iniciativas com foco nas pequenas e médias empresas, visando elevar a maturidade e resiliência desses negócios”, disse Lima, durante o evento Desafios da Cibersegurança no Brasil, promovido no auditório do Interlegis, no Senado Federal, na última quinta-feira (27). 

Na ocasião, Lima apontou para o fato de que “incidentes de segurança em pequenas empresas podem gerar o fechamento de organizações, diante da dificuldade de recuperação”. Nessa linha, capacitar pessoas é um caminho para reduzir as repercussões negativas desse tipo de ameaça, especialmente nas organizações de menor porte. 

O custo de tudo isso é alto e gera prejuízo: de acordo com dados mais recentes divulgados pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o impacto sobre o planeta com crimes cibernéticos chega a R$ 1,5 trilhão. Segundo estimativas do Fórum Econômico Mundial, esse número seria mais alarmante, chegando a US$ 10,5 trilhões. Esses crimes envolvem ações comuns (golpe do PIX, links e sites falsos, fraudes bancárias etc.) ou outras mais sofisticadas, como a invasão de sistemas para roubo de informações ou espionagem.

Com isso, “as organizações devem pensar de forma preventiva, implementando medidas para reduzir a probabilidade e o impacto desses incidentes”, destacou o consultor da Federação. A atuação do Poder Público em parceria com organizações privadas pode ser caminho a ser buscado para facilitar a efetivação dessas questões.

Pilares para um marco legal

Lima também apresentou aos senadores presentes no evento — Esperidião Amin (PP/SC), Sergio Moro (União/PR) e Izalci Lucas (PL/DF) — alguns pilares para a construção de um marco legal atualizado, com base em discussões internacionais. Confira a seguir.

Primeiro, foi apontado para o fato de que a regulação deve enfrentar os principais aspectos que podem ser violados, em se tratando de segurança dos sistemas, englobando: 

  • confidencialidade;
  • integridade; 
  • disponibilidade.

Segundo, é importante observar o que já há de previsão sobre o assunto (vide, por exemplo, o Decreto 8.771/2016, que regulamentou o Marco Civil, a Lei Geral de Proteção de Dados e o Guia da Autoridade Nacional de Proteção de Dados) e qual regulação deve ser aplicada, considerando os diferentes tipos de informações que podem ser objeto de violação, como: 

  • dados pessoais;
  • segredos industriais;
  • dados protegidos contratualmente.

Terceiro, é preciso ponderar que o marco legal pode cobrir o assunto sob três perspectivas principais: 

  • prevenção; 
  • detecção; 
  • resposta.

Em síntese, Lima argumentou que, “diante da evolução rápida da tecnologia, é relevante analisar se a regulamentação por meio de autoridades setoriais pode ser caminho mais eficiente, com o objetivo de evitar que fiquem obsoletas disposições técnicas sobre o assunto dentro de uma lei”.

Ainda sobre o evento, o presidente do Conselho de Economia Digital e Inovação da FecomercioSP, cientista político e líder do Comitê Regulatório da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), Andriei Gutierrez, fez uma breve análise sobre o perfil de quem comete crimes, cibernéticos ou não. “O criminoso cibernético nada mais é do que um capitalista que não respeita a ética, tampouco as legislações. O criminoso respeita a margem de lucro fácil, o custo do investimento, o retorno financeiro e o risco. É preciso dificultar e punir comportamentos como esses e orientar as organizações e os cidadãos de bem para se prevenirem e reduzir os riscos potenciais”, avaliou.

O crescimento de ataques cibernéticos a Pequenas e Médias Empresas (PMEs) no Brasil, uma das principais preocupações do setor produtivo e das instâncias governamentais, também foi o tema de destaque da última reunião do conselho citado, na sede da Entidade. Além disso, muitas outras iniciativas são realizadas para promover melhorias e ganhos de escala, velocidade e precisão com a transformação digital e a Inteligência Artificial (IA). Conheça o think tank da FecomercioSP e acompanhe todas as novidades pelo portal.

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