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Economia

Vendas do varejo paulista em maio, mês do Dia das Mães, devem crescer 4%

Segundo projeção da FecomercioSP, a queda da inflação, os cortes nos juros e a elevação das exportações motivam a melhoria nos indicadores de confiança dos consumidores e empresários

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Vendas do varejo paulista em maio, mês do Dia das Mães, devem crescer 4%

Federação pondera que o bom desempenho esperado para o varejo no mês não deve ser totalmente creditado a um aumento expressivo de vendas na data comemorativa
(Reprodução/FreePik)

De acordo com as projeções da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), as vendas do varejo, tanto no Estado quanto na capital paulista, devem registrar crescimento em maio, mês do Dia das Mães. O comércio varejista do Estado deve faturar R$ 50 bilhões no mês, alta de 4% na comparação com maio de 2016. Já no varejo paulistano, as vendas devem alcançar R$ 16 bilhões no mês, crescimento de 5% na mesma base de comparação. 

A Federação considerou as principais variáveis conjunturais na elaboração dessas projeções, as quais revelam uma combinação positiva de elementos determinantes do movimento varejista, como a queda da inflação, já convergindo para o centro de sua meta anual, o ciclo de cortes na taxa básica de juros e a elevação na renda agrícola, por conta do forte aumento de exportações de commodities (onde São Paulo tem grande presença), que acabam por fundamentar a observada melhoria nos indicadores de confiança dos consumidores e empresários, constatada pela Entidade há meses. 

Segundo a FecomercioSP, as taxas projetadas para maio pressupõem, em sua composição setorial, alguns bons desempenhos em atividades que até aqui vinham mostrando ritmo fraco de vendas, como são os casos das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e das concessionárias de veículos. As últimas já apresentaram movimentos indicativos de uma eventual recuperação desde dezembro de 2016. O crescimento esperado em maio na venda de eletrodomésticos e eletrônicos, de acordo com a Entidade, deverá se dar muito mais pela fraca base comparativa do mesmo mês de 2016 do que por efetivo aumento de vendas reais. Isso porque em maio do ano passado o segmento apresentou uma queda mensal de quase 15% ante mesmo mês de 2015, sendo que no período entre março e dezembro de 2016 o setor enfrentou seu ciclo recessivo mais intenso, com quedas mensais sucessivas acima de 14%, em média. A atividade que tende a mostrar a alta mais vigorosa em maio, segundo as projeções, deverá ser, mais uma vez, a de farmácias e perfumarias, cujo movimento deve alcançar taxa de crescimento de dois dígitos no mês. 

Por conta disso, a Federação pondera que o bom desempenho esperado para o varejo no mês do Dia das Mães não deve ser totalmente creditado a um aumento expressivo de vendas na data comemorativa, mas sim a uma combinação de fatores específicos que estão marcando o atual processo de normalização do ritmo da atividade varejista. 

O grande obstáculo para a consolidação de fato de um ciclo sustentado de recuperação das vendas no comércio varejista, segundo a Entidade, ainda continua dependente de uma reativação ampla e contínua do ritmo das demais atividades que permita o aumento das taxas de emprego e consequente recomposição da renda interna da população ocupada. No entanto, há ainda incertezas permeando a conjuntura econômica e impedindo a melhoria dos investimentos, em função do clima de instabilidade no âmbito político, que para a Federação precisam ser superadas, por meio da implementação das reformas necessárias para o ajuste fiscal que venha a dar tranquilidade e garantias ao mercado quanto a plenitude da governabilidade do País.

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