Negócios
29/11/2019Vírus da inovação precisa ser espalhado em todas as áreas da empresa, destaca Ricardo Neves
Sócio da PwC no Brasil e especialista em varejo e experiência do consumidor fala ao UM BRASIL sobre tecnologia e analisa as mudanças em andamento no varejo físico
Neves acredita que o conceito de inovação precisa ser disseminado nas empresas para que novidades surjam em benefício dos negócios e dos consumidores
(Foto: Christian Parente)
O aumento no uso de smatphones para compras no Brasil mostra que o País tem consumidores ávidos para aliar tecnologia e praticidade. Apesar dessa mudança, detectada na pesquisa Global Consumer Insights, na qual o porcentual de brasileiros que dizem ter comprado serviços e produtos por meio desses aparelhos saltou de 15% em 2013 para 50% em 2019, o sócio da PWC no Brasil, Ricardo Neves, é categórico ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP: a loja física não vai acabar.
O indicador, entretanto, não deve ser encarado como um empecilho aos negócios dos pequenos empresários que tem limites de gastos e, em muitos casos, pouco conhecimento em tecnologia. Na conversa com Juliana Rangel, o também especialista em varejo e experiência do consumidor ressalta que o diferencial para se destacar no mercado é a percepção sobre o que o consumidor precisa.
Veja também:
Empresa tem o papel de ser agente de transformação social, diz Guilherme Leal
Sem modernização no ambiente de negócios, crescimento de empresas serão atravancados
Veia empreendedora é sufocada no Brasil, diz CEO da Votorantim
Desenvolvimento requer economia mais aberta e pesquisa em tecnologia
“Fala-se muito de grandes investimentos em tecnologias avançadas como realidade aumentada ou inteligência artificial. Entretanto, a inovação surge da necessidade, do entendimento do que é necessário para aquele consumidor, e as empresas de médio e pequeno portes têm um olhar sobre o consumidor diferente do grande varejista”, explica Neves.
Sobre o papel da loja física nesse cenário mais moderno, ele garante que mudanças já são percebidas. “Tem loja com um papel diferente na relação com o consumidor, como as chamadas ‘vitrine’ – com produtos e tamanhos que as pessoas podem experimentar na hora, e as compras são enviadas para o endereço do comprador. Acho que o conceito de unir compra com diversão é muito forte atualmente. As pessoas não estão saindo simplesmente para fazer uma compra, mas para se divertir”, diz.
Independentemente do modelo adotado pelo empresário, Neves acredita que o conceito de inovação precisa ser disseminado nas empresas para que novidades surjam e beneficiem, ao mesmo tempo, consumidores e empreendedores.
“O vírus da inovação precisa ser espalhado na empresa. Ela não pode estar mais na cabeça de um departamento ou na cabeça do principal executivo ou dos executivos. Ela tem de estar totalmente permeada, ou distribuída na organização, porque é com base nessa proximidade com o consumidor e com o entendimento das suas necessidades que surgem realmente as grandes ideias.”
Ao mencionar esta notícia, por favor referencie a mesma através desse link:
www.fecomercio.com.br/um-brasil/materias/https-www-youtube-com-watch-v-sfsro7neng-feature-emb-logo
Notícias relacionadas
-
Empreendedorismo
Loja do Futuro apresenta a evolução do varejo na FE24
Último dia para visitar o grande evento de negócios e conferir as tendências dos comércios físicos e digitais
-
Varejo
Varejo paulista deve criar 30 mil vagas de emprego no último trimestre do ano
EmpreendedorismoCenário econômico deixa Black Friday mais atrativa
EmpreendedorismoPequenas empresas, grandes impactos: startups ganham espaço
Recomendadas para você
-
Turismo
IA deixa de ser opção e se torna essencial para a competitividade no Turismo
Especialista explica como a tecnologia pode promover negócios e transformar o mercado
-
Empreendedorismo
Veja resultados preliminares sobre empreendedorismo feminino
Em encontro na FecomercioSP, empresárias e pesquisadoras da entidade compartilharam experiências
-
Turismo
Nova Lei Geral do Turismo fortalece a atuação do setor
Desburocratização de procedimentos, redução da judicialização e mais são alguns dos marcos positivos
-
Atacado
Fusões e aquisições: quais são as perspectivas no Atacado?
Especialistas analisam as oportunidades e tendências que estão moldando o futuro das transações no setor