Economia
30/01/2018Governo é o maior violador da liberdade econômica, acredita Robert Lawson
Diretor do O'Neil Center for Global Markets and Freedom discute o assunto em entrevista ao UM BRASIL

O especialista aponta Honk Kong como o local mais livre do mundo economicamente
(Foto: Christian Parente)
O Brasil ocupa uma baixa posição no ranking do principal índice de liberdade econômica: o World Economic Freedom Index do Fraser Institute. A pesquisa, que avalia 159 países – com exceções da Coreia do Norte e de Cuba –, tem a Venezuela no pior lugar, com 3,5 de 10 pontos. O Brasil tem aproximadamente 5 pontos e, historicamente, aparece entre os países com resultado negativo.
“Praticamente o mundo todo se moveu na direção de menos impostos, mais privatizações, negócios livres, e o Brasil fez muito pouco disso”, relata o diretor do O'Neil Center for Global Markets and Freedom, Robert Lawson, em entrevista ao UM BRASIL, resultado de uma parceria do canal com o Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE).
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Na conversa com Thais Herédia, o economista explica o conceito de liberdade econômica como a liberdade dos cidadãos de gerir a própria vida econômica sem a interferência de outras pessoas e do governo.
“O maior violador da liberdade econômica das pessoas é o governo. Você e eu fazemos um negócio: eu lhe dou US$ 1 ou R$ 1 por um produto, e o governo vem e diz: 'Vinte por cento disso agora é meu’. Ele está interferindo na nossa habilidade de fazer uma troca livremente quando cobra impostos”, exemplifica.
Lawson diz que ações do governo podem melhorar a vida das pessoas, como a construção de estradas e a estruturação da polícia. Ele entende que manter esses serviços exige a cobrança de imposto, mas enxerga que o exagero pode prejudicar a população. “Quando o governo cobra impostos demais, quando faz regulações demais, ele pode tornar nossas vidas piores.”
O especialista aponta Honk Kong como o local mais livre do mundo economicamente. Uma das evidências para a afirmação de Lawson é que em Hong Kong se leva um dia para abrir uma empresa, segundo estimativa do Banco Mundial.
“É um país em si mesmo. Eu sei que é parte da China, mas eles têm moeda própria, PIB e tudo o mais, então, é a economia mais livre. Eles têm uma taxa máxima de impostos de 15%, essa é a maior taxa, que até as pessoas ricas pagam. Não há tarifas ou cotas, o comércio é 100% livre em comparação ao resto do mundo. A justiça deles é famosa por ser justa e não corrupta”, afirma.
Confira a entrevista na íntegra:
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