Economia
13/08/2019O Brasil atual não cabe no PIB, afirma Paulo Rabello
Economista comenta ao UM BRASIL sobre o orçamento público brasileiro e as reformas estruturais urgentes
![O Brasil atual não cabe no PIB, afirma Paulo Rabello](https://fecomercio.com.br/upload/img/2019/08/14/5d545a474a2e5-dsc6525.jpg)
Outro destaque na entrevista foi o papel do BNDES, considerado por ele um dos bancos mais bem-sucedidos do mundo
(Foto: Christian Parente)
“Os interesses no Brasil estão encastelados nos mais pesados dos orçamentos públicos, um orçamento que é trilionário – e isso apenas no plano federal. O Brasil governamental não cabe no PIB.” Essa é a forma como o economista e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Paulo Rabello de Castro caracteriza a situação fiscal do País e os rumos da economia em entrevista ao UM BRASIL, uma iniciativa da FecomercioSP, em parceria com o InfoMoney.
Na conversa, Rabello defendeu reformas que ataquem diretamente o problema fiscal. Para ele, a questão tributária é mais importante neste momento. “A reforma mais urgente é a Tributária, junto de uma agenda fiscal. Não existe apenas a simplificação desejada de tributos. É preciso que haja contenção de despesas, mas o governo está fazendo apenas o mesmo contingenciamento convencional de administrações passadas”, critica.
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Outro destaque na entrevista foi o papel do BNDES para o desenvolvimento nacional e as atuais escolhas governamentais quanto às responsabilidades econômicas da instituição. Segundo ele, o BNDES é um dos bancos mais bem-sucedidos do mundo em termos de lucratividade. “O banco paga dividendos para o governo todos os anos, entre 90% e 100%. Do superávit fiscal total acumulado de 2006 para cá no País, quase 40% vieram do BNDES”.
Rabello enfatiza que os esforços governamentais deveriam focar na reestruturação do banco. Ele ressalta ainda que o desenvolvimento local dos Estados depende dos instrumentos do BNDES, para que não fiquem sujeitos apenas a recursos de poucas instituições privadas ou estrangeiras.
Confira a entrevista na íntegra a seguir:
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