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21/01/2014Comerciante paulistano fica mais satisfeito com estoque em janeiro
FecomercioSP inicia divulgação mensal de Índice de Estoques para a região metropolitana de São Paulo
São Paulo, 21 de janeiro de 2014 – Os empresários do comércio varejista da região metropolitana de São Paulo estão mais contentes em relação à situação atual de seus estoques do que estavam no mesmo mês do ano passado. A constatação é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que acaba de lançar um índice para medir a percepção dos comerciantes em relação aos estoques.
Em janeiro, 59,1% dos empresários do setor disseram ter mercadorias em volume adequado e 38% afirmaram que havia inadequação de estoques – 23,3% para “acima” e 14,7% para “abaixo”. Ficaram sem responder à pergunta 2,9% dos entrevistados. A partir dessas respostas, foi formulado o índice que atingiu 121,7 pontos, em uma escala que varia entre zero (inadequação total) e 200 pontos (adequação total).
O resultado de janeiro representou aumento de 7,7% em relação aos 113 pontos registrados em janeiro do ano passado, apontando, portanto, maior adequação dos estoques. Essa alta, contudo, não foi suficiente para retomar o patamar apurado no primeiro mês de 2012: 128,7 pontos.
“O novo indicador é um subsídio relevante para a indústria, que passa a ter um novo termômetro para perspectiva de pedidos futuros e para a condução da política monetária, já que quanto maior a inadequação dos estoques para “acima do desejado”, menor será o impacto do aumento da taxa Selic”, comenta o diretor-executivo da FecomercioSP, Antonio Carlos Borges.
Para a apuração mensal dos números, 600 empresários de todas as atividades do comércio respondem se seus estoques estão adequados ou inadequados (e, neste último caso, por excesso ou falta de mercadorias). Assim, o comerciante pode não estar atendendo a seus clientes, seja pela falta de capital de giro para completar o estoque, seja pela demora entre pedidos e entrega – fato comum no Brasil.
Desempenho mensal
Em relação a dezembro, o índice de janeiro recuou 4,5%, de 127,4 pontos para 121,7 pontos. No período, houve crescimento do total de empresários que consideraram seus estoques acima do adequado, passando de 20,6% para 23,3%. Em contrapartida, houve uma leve queda daqueles que afirmaram perceber volumes de mercadorias inadequados para “abaixo do esperado”, de 14,9% para 14,7%; e uma redução da percepção de adequação de estoques, que foi 62,5% mês passado e 59,1% neste mês. A proporção de entrevistados que não souberam informar ou não quiseram responder cresceu de 2% para 2,9% no período.
De acordo com a FecomercioSP, o mês de janeiro registra tradicionalmente aumento da percepção de excesso de estoques. Isso é reflexo das vendas de Natal em volume menor do que o projetado, das férias escolares e do vencimento de diversos tributos no primeiro mês do ano. O efeito imediato disso é a realização de promoções.
Melhor e pior de 2013
Durante todo o ano passado, os empresários estiveram mais satisfeitos em relação ao patamar dos estoques em novembro, quando o índice atingiu 129,3 pontos. Na ocasião, 63,3% dos empresários disseram estar com estoques adequados, 20,8% responderam que havia inadequação para “acima” e 13,7% inadequação para “abaixo”. Pelo lado contrário, o pior mês do ano passado foi o de março, quando o indicador chegou a 111,9 pontos. Na ocasião, 55,1% dos empresários consideraram adequados os estoques. Para 43,5%, a situação era inadequada, sendo 26,7% para “acima” e 16,8% para “abaixo”.
Ainda sobre o ano passado, houve uma clara deterioração do índice. A piora do indicador foi provocada pela ampliação da inadequação, em especial pelo excesso de estoques. A entidade considera que essa constatação é ainda mais complicada para o atual momento. Com uma inflação de 0,92% em dezembro (IPCA), espera-se por um comportamento conservador por parte do Banco Central (BC) na tentativa de conter a escalada de preços.
Nota metodológica
O Índice de Estoques é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde junho de 2011 junto a cerca de 600 empresários do comércio nos municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando respectivamente inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice é possível identificar percepção dos pesquisados relacionada a inadequações de estoques para “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e para “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo).
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