São Paulo, 24 de setembro de 2014 - O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve alta de 7,6%, ao passar 110,5 em agosto para 118,9 pontos em setembro. No comparativo anual, o indicador apresentou queda de 13% - quando o ICC alcançou 136,7 pontos. A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

O avanço no nível de confiança neste mês foi influenciado pelos dois quesitos que compõe o indicador. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) registrou elevação de 3,4% ao passar de 110,1 em agosto para 113,8 pontos em setembro. Das seis segmentações do indicador, somente duas apresentaram variação negativa. As mulheres apresentaram queda de -3,4% na confiança, passando de 111,8 em agosto para 108 em setembro e os consumidores paulistanos com idade igual ou superior a 35 anos, com recuo de 2%, saindo de 101,7 em agosto para 99,7 em setembro.

Já o segundo quesito da pesquisa, o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), apontou elevação de 10,4%, ao passar de 110,8 em agosto para 122,3 pontos em setembro. No comparativo mensal, todos os segmentos registraram aumento no otimismo, quanto ao futuro da economia. No comparativo anual, o destaque é o grupo de consumidores que ganham mais de 10 salários mínimos, o único a registrar alta (2,1%) em relação ao mesmo mês de 2013.

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, a variação praticamente nula do IPCA no mês de julho e a perspectiva de mudança na política econômica, fizeram com que os consumidores se sentissem mais confiantes e otimistas em relação à economia, contribuindo para a elevação do índice pelo terceiro mês consecutivo.

Metodologia
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores do município de São Paulo. O objetivo da pesquisa é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.