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19/11/2014Percepção de estoque no varejo paulistano registra melhora em novembro
Indicador da FecomercioSP apontou redução do número de empresários que acredita ter estoques abaixo do necessário; segue em alta a parcela que avalia ter excesso de produtos
A percepção em relação aos estoques do comércio da região metropolitana de São Paulo (RMSP) registrou a terceira melhora mensal consecutiva em novembro ao atingir 111,8 pontos, variação de 2,1% em relação a outubro. A marca, no entanto, está 13,6% abaixo do registrado em novembro de 2013, quando alcançou 129,3 pontos. Os dados são do Índice de Estoques (IE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.
Em novembro, a parcela de empresários que acredita ter estoques acima do adequado chegou aos 30,6% - acima dos 30,5% de um mês antes e dos 20,8% de novembro de 2013. A porcentagem de comerciantes que avalia ter estoques abaixo do adequado, no entanto, caiu, com 13,3% - inferior aos 14,5% de outubro e aos 13,7% do mesmo período do ano passado.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a melhora mensal na percepção dos varejistas em relação à adequação dos estoques vem após um período de deterioração decorrente do excesso de produtos armazenados, reflexo das vendas abaixo do estimado. Segundo a Entidade, contudo, o movimento de reversão se deve a uma causa desfavorável: a menor quantidade de empresários com estoques abaixo do esperado.
O avanço do indicador por conta da percepção de estoques pequenos, enquanto cresce a proporção do empresariado que avalia ter excesso de estoque, não é saudável e demonstra que o ciclo de ajuste ainda não acabou. Assim, a Federação acredita que os pedidos dos empresários para o Natal devem ser menores se comparados aos do ano passado.
A FecomercioSP avalia, ainda, que diversos fatores têm impactado o Índice de Estoques, a exemplo da inflação em alta e da expectativa de crescimento quase nulo para a economia e para o varejo de São Paulo, refletindo no desânimo do setor, principalmente no período de maior importância para o comércio, com a proximidade das festas de fim de ano.
Para 2015, a Federação espera aumento na percepção de adequação em relação ao volume estocado, não em razão de melhoria nas vendas, mas pelo fato de os prognósticos estarem mais conservadores.
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