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20/07/2015Proporção de empresários do comércio que considera seus estoques adequados aumenta 14,9% em julho e atinge 57,9%
Segundo a FecomercioSP, resultado pode ser reflexo de liquidações e revela empresários mais conscientes da gravidade da crise
Após meses de excessos nas prateleiras, a proporção de empresários da região metropolitana de São Paulo (RMSP) que considera o seu estoque adequado registrou em julho alta de 14,9% em relação a junho - 6,8% no comparativo com o mesmo período do ano passado - e atinge 57,9% dos comerciantes. Em razão disso, o volume de empresários que avaliam seus estoques como elevados demais caiu de 36,3% em junho para 27,9% em julho, o menor valor desde março de 2014.
Em relação ao indicador que mede a percepção dos empresários sobre o nível de estoques do comércio a alta foi de 14,1% e passou de 101,5 pontos para 115,9. No comparativo anual, o aumento foi de 6,2%.
Os dados são do Índice de Estoques (IE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.
De acordo com a assessoria econômica da Entidade, a expressiva variação dos indicadores vista em julho pode ser pontual e também reflexo das liquidações, mas sugere uma tendência de ajustes das empresas em relação a seus estoques. Essa mudança, no entanto, não significa que a situação econômica melhorou, mas apenas que o empresário está mais consciente e preparado para enfrentar uma crise rigorosa e de longo prazo.
A Federação acredita que já houve tempo suficiente para que o setor de varejo tenha compreendido que o ano será negativo para as vendas e por um período maior do que se imaginava ao final de 2014. Adicionalmente, para encarar essa realidade, é possível que nos próximos meses os empresários comecem a planejar suas compras junto aos fornecedores de forma mais conservadora.
Para a FecomercioSP, caso essa mudança se torne efetiva, há chances de sobrevivência de uma proporção maior de comerciantes diante dos desafios impostos pela atual conjuntura econômica.
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