Economia
28/11/2017Crise econômica não impedirá investimentos chineses no Brasil, diz Yuning Gao
Professor da Universidade Tsinghua diz que Brics mostra que novos tratados bilaterais são mais benéficos que o sistema tradicional
Os investidores enxergam que a economia deve se recuperar gradativamente, trazendo de volta o potencial de crescimento a longo prazo
(Foto/TUTU)
São positivas as expectativas de aumento no investimento bilateral entre a China e a América do Sul, com destaque para o Brasil, segundo o professor da Escola de Políticas Públicas da Universidade Tsinghua, na China, Yuning Gao.
Em entrevista ao UM BRASIL em parceria com o Fórum Desafio Brasil+China 2017, o acadêmico ressalta que “o Brasil, durante as últimas décadas, tem sido umas das principais economias entre os países em desenvolvimento e tem experiência em desenvolver o seu próprio sistema industrial e como se envolver no mercado global”.
Entre as áreas de interesse da China está a infraestrutura. Yuning Gao justifica a preferência por meio do ditado chinês: “Se você quer ser rico, construa uma estrada primeiro”. “Se queremos obter a prosperidades das regiões, nós definitivamente devemos começar o processo da infraestrutura. Além disso, os empréstimos para fora feitos pela China por meio de bancos de desenvolvimento chineses e outras assistências de financiamento também focam nessas áreas e, em geral, esse é o campo onde a China é mais competitiva”, diz.
Veja também:
O papel do Estado no estímulo ao empreendedorismo
Daniel Bell discute meritocracia e experimentalismo chineses
Inclusão digital e empreendedorismo de base, por Ying Lowrey
Apesar de a crise econômica ainda não ter sido superada, Yuning Gao acredita que isso não irá interferir nos investimentos chineses no País, porque os investidores enxergam que a economia deve se recuperar gradativamente, trazendo de volta o potencial de crescimento a longo prazo.
Sobre o Brics, bloco que une Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics), o especialista destaca que essa união permite que negociações internacionais sejam feitas além do sistema de Bretton Woods. “Nós somos economias gigantes em desenvolvimento, então, queremos um novo regime, um sistema novo que beneficie mais mutuamente os dois lados”, explica.
Acompanhe a entrevista completa:
Ao mencionar esta notícia, por favor referencie a mesma através desse link:
www.fecomercio.com.br/um-brasil/materias/crise-economica-nao-impedira-investimentos-chineses-no-brasil-diz-yuning-gao
Notícias relacionadas
-
Brasil
Dia das Mães: vendas devem atingir a maior cifra dos últimos 16 anos
Projeção é de crescimento de 3% no faturamento, chegando próximo a R$ 63 bilhões, segundo FecomercioSP
-
Brasil
País deve melhorar a produtividade e a integração comercial
PesquisasCusto de vida se mantém estável em março
PesquisasEmpresariado paulistano está otimista com futuro, mas preocupado com presente
Recomendadas para você
-
Brasil
Mudanças no Perse não são as ideais, mas melhoram cenário
Votação na FecomercioSP nesta terça-feira (23) deve sacramentar ajustes feitos pela deputada Renata Abreu (Podemos/SP), que discutiu relatório final nesta segunda (22)
-
Brasil
Comércio e Serviços de SP registram maior geração de empregos da história
Saldo de vagas no Comércio fica positivo, e no setor de Serviços cresce 37%
-
Inteligência Artificial
Regulação apressada da IA pode prejudicar o Brasil
Segundo FecomercioSP, legislação sobre tecnologia precisa ser flexível e adaptável aos seus avanços
-
Brasil
Inadimplência permanece intacta em São Paulo
Em abril, 22,6% das famílias paulistanas estavam com contas atrasadas